Moro prega união da 3º Via, mas não abre mão de candidatura: “Não faz sentido”
O presidenciável do Podemos, Sergio Moro, defendeu a união dos pré-candidatos e partidos do centro em torno de uma única candidatura da chamada terceira via, para que o país não caia “nas garras dos extremos”, representados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à esquerda, e o atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, à direita.
“É essencial a união contra os extremos”, disse, em sua participação no CEO Conference 2022, promovido pelo BTG Pactual (BPAC11) hoje (22) e amanhã. “Na minha opinião, já deveríamos estar unidos”, acrescentou.
Todos unidos por Moro?
Além de Moro, os principais nomes que tentam se viabilizar como representante da Terceira Via são o do governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), o da senadora Simone Tebet (MDB-MT), e o de Ciro Gomes (PDT-CE), ex-governador do Ceará e ex-ministro de Lula. Correndo por fora, estão Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e que conta com um apoio escorregadio de Gilberto Kassab, que comanda o seu partido, e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul pelo PSDB e também cortejado por Kassab.
O problema, contudo, é que nenhum deles parece disposto a abrir mão de sua pré-candidatura em favor de uma chapa única de centro – inclusive, o próprio Moro. “Eu faria isso de bom grado, mas o que estamos vendo nas pesquisas é que estou em terceiro lugar”, afirmou o ex-juiz. “Não faz sentido abdicar de minha candidatura, se é a que tem o maior potencial”, acrescentou.
No evento do BTG Pactual, Moro também propôs implantar três reformas já no primeiro ano de seu eventual mandato presidencial: a tributária, a administrativa e a ética.