Ministério da Justiça e Segurança Pública

Moro lembra promessa de carta-branca de Bolsonaro e critica troca na Polícia Federal

24 abr 2020, 11:53 - atualizado em 24 abr 2020, 11:53
Sérgio Moro
Moro havia imposto como condição para permanecer no governo que pudesse discutir com Bolsonaro o nome do sucessor de Valeixo à frente da PF (Imagem: Flickr/Ministério da Justiça e Segurança Pública)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse nesta sexta-feira que a decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar o comando da Polícia Federal representa uma interferência política no órgão e desfaz a promessa que recebeu de carta-branca.

Moro convocou o pronunciamento para pedir demissão, de acordo com uma fonte, após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, por Bolsonaro, publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta.

Moro disse em seu pronunciamento que desde o período da Lava Jato sempre se preocupou com a possibilidade de interferência política na Polícia Federal.

O ministro disse lamentar ter de tomar uma decisão durante a pandemia de coronavírus, mas disse que era “inevitável”.

Moro havia imposto como condição para permanecer no governo que pudesse discutir com Bolsonaro o nome do sucessor de Valeixo à frente da PF, o que não aconteceu, de acordo com uma fonte com conhecimento da decisão do ministro de deixar o governo.