Morgan Stanley vê salto da demanda global puxada por EUA e Ásia
Dados de alta frequência apontam para um aumento repentino da demanda que impulsionará a economia mundial, puxada por gastos dos consumidores nos Estados Unidos e investimentos corporativos na Ásia, de acordo com economistas do Morgan Stanley.
O crescimento global deve alcançar 7,4% no segundo trimestre, disseram economistas do banco liderados por Chetan Ahya em relatório.
“Com a melhoria da situação da Covid-19, esperamos a reabertura total das economias no próximo mês ou dois, o que ajudará a elevar a demanda no setor de serviços, especialmente para os segmentos sensíveis à Covid”, disseram. Segundo o relatório, essa tendência começa a ser vista nos EUA, onde a flexibilização das restrições tem aumentado a frequência em restaurantes, viagens aéreas e ocupação de hotéis nas últimas semanas, “além do salto nos gastos dos consumidores em janeiro”.
O Morgan Stanley também destaca a aceleração no comércio global, com alta demanda por bens em um cenário de baixos estoques. Isso tem ajudado especialmente a Ásia, a maior região manufatureira do mundo.
“Isso, por sua vez, ajuda a iniciar um ciclo de investimentos. As importações de bens de capital da Ásia já se recuperaram para a taxa de crescimento mais forte desde 2018”, escreveram os economistas.
A queda ou estabilidade de casos de Covid-19 e um ritmo acelerado de vacinação permitirão que os governos aliviarem as restrições, de acordo com o Morgan Stanley.
“À medida que essas tendências continuem a se mover na direção certa, formuladores de políticas se sentirão mais confortáveis em reabrir as economias de forma mais ampla, o que proporcionará um impulso adicional à atividade econômica e ao crescimento”, disseram os economistas.
