Mercados

Morgan Stanley retoma Keynes e lista quais são as perguntas-chave dos investidores

27 ago 2019, 11:47 - atualizado em 27 ago 2019, 11:47
Gisele
Analistas mostram quais são as principais questões dos clientes (Adam Berry/Bloomberg News)

Em homenagem ao concurso de beleza de Keynes, no qual é mais importante a opinião do todo em relação ao particular, o Morgan Stanley Wealth Management publicou relatório com as questões mais recorrentes dentre os seus clientes.

O primeiro questionamento é o seguinte: o comitê global do banco projeta recessão para o biênio de 2020 a 2021? Como resposta, a CIO (Chief Investment Officer) Lisa Shalett e sua equipe ponderam que sim, existe a chance de processo recessivo no horizonte. “O modelo altamente confiável do Fed de Nova York aponta para 40% de probabilidade”, avalia Shalett.

A segunda pergunta se refere a maior economia do mundo. “Os EUA estão muito fortes no momento?”, questionam os clientes. Para o Morgan Stanley Wealth Management, pelos indicadores do mercado de trabalho e do PIB, a situação está razoável.

Em contrapartida, a tríade composta por tendência de desaceleração nos lucros, declínio na confiança do consumidor e ritmo inferior de criação de postos de trabalho pesam contra o desempenho da economia norte-americana.

Sem ajuda do Fed

Diante do terceiro questionamento, se possível corte de juro básico pelo Federal Reserve contribuiria para a situação econômica, os analistas acreditam não ter certeza em relação à efetividade da política monetária como motor do crescimento.

“Os motivos da desaceleração na economia industrial global estão muito mais relacionados às incertezas do comércio internacional e à falta de demanda reprimida do que escassez de crédito”, pondera o Morgan Stanley Wealth Management.

Não vendam ações

A quarta questão é central: “devemos vender ações neste exato momento?”. A resposta é clara: “não”. “Mesmo que esperamos alta na volatilidade do S&P 500 durante os próximos meses e a probabilidade corrente de 5% a 10% de correção pelos investidores, não cremos que o abandono das ações em um nível de gerenciamento de portfólio é a coisa certa para se fazer”, disparam os analistas.

Por fim, um aconselhamento: “foque no seu plano financeiro e evite respostas emocionais aos aumentos das probabilidades de desaceleração econômica”.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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