Bancos

Morgan Stanley recomenda caça a pechinchas nos EUA em agosto

27 jul 2022, 16:57 - atualizado em 27 jul 2022, 16:57
Morgan Stanley
Slimmon, gerente de portfólio de ações dos EUA na Morgan Stanley Investment Management, diz que a liquidação de 26% em ações do setor de consumo desde o início do ano deixou o grupo barato (Imagem: Facebook/Morgan Stanley)

O aumento dos preços de tudo, desde gás a alimentos e aluguel, esmagou a confiança dos consumidores americanos. Mas para Andrew Slimmon do Morgan Stanley, é um bom momento para os investidores saírem às compras de ações do setor de consumo.

Slimmon, gerente de portfólio de ações dos EUA na Morgan Stanley Investment Management, diz que a liquidação de 26% em ações do setor de consumo desde o início do ano deixou o grupo barato, mesmo com o aperto monetário do Federal Reserve.

Algumas áreas como vestuário, mobiliário doméstico e materiais de construção, estão prontos para superar o mercado mais amplo, disse ele, especialmente se a alta de preços começar a desacelerar e a economia puder evitar uma recessão. Ele não quis nomear empresas específicas.

“Nesse ambiente, você não quer deter ações defensivas que já se saíram muito bem”, disse o gestor sênior em entrevista. “Você quer começar a comprar algumas das ações que caíram drasticamente no acumulado do ano.”

As ações de consumo estiveram sob pressão durante todo o ano, com desempenho inferior ao do S&P 500, que caiu 17%, com o aumento agressivo de juros do Fed e a queda nas margens de lucro das empresas que enfrentam custo crescentes e demanda mais fraca. Isso contrasta com anos de dinheiro fácil e gastos do governo que encheram as contas bancárias dos americanos.

Até agora, investidores têm pago mais por ações de empresas que apresentam melhor desempenho em tempos de desaceleração do crescimento em detrimento das ações voltadas ao consumo, cujo desempenho está mais ligado à economia.

A confiança do consumidor nos EUA caiu em julho para o nível mais baixo desde fevereiro de 2021, com perspectivas mais sombrias para a economia em meio à inflação persistente.

Mas para Slimmon, a queda da confiança já foi longe o suficiente para justificar a aposta em uma virada.

“Há uma expectativa muito baixa nessas ações agora. E se a direção da mudança for realmente para melhor no sentimento do consumidor?” disse. Ele vê a relação entre risco e recompensa como atraente. “Essas ações podem se recuperar drasticamente porque estão muito baixas.”

Ele planeja comprar ações “bem no auge da fraqueza” em agosto, que está entre os piores meses historicamente para as ações americanas, já que os volumes são pequenos e os trabalhadores estão em férias de verão.

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