Morgan Stanley multa executivos por irregularidades em mensagens
O Morgan Stanley multou alguns de seus executivos em mais de US$ 1 milhão cada um por conduzir negócios no WhatsApp e em outras plataformas de mensagens, em mais uma consequência da investigação em todo o setor que levou reguladores dos EUA a impor penalidades recordes por falhas de monitoramento.
Os valores foram descontados de bônus anteriores ou serão deduzidos de pagamentos futuros, de acordo com uma pessoa a par do assunto, que pediu para não ser identificada.
O Morgan Stanley é mais um banco a exigir que funcionários assumam parte do ônus de uma investigação regulatória sem precedentes, segundo a qual plataformas de mensagens não aprovadas estavam sendo usadas de forma generalizada para fazer negócios.
Empresas financeiras são obrigadas a monitorar escrupulosamente as comunicações de suas operações para evitar condutas impróprias.
As penalidades individuais no Morgan Stanley variam de alguns milhares de dólares a mais de US$ 1 milhão, com base em um sistema de pontuação que considera fatores como tempo de serviço, número de mensagens enviadas e se foram emitidas advertências prévias, de acordo com o Financial Times, que foi o primeiro a divulgar a notícia.
O banco agora oferece treinamento aos profissionais sobre cenários em que devem mudar as conversas de dispositivos pessoais para plataformas oficiais, como e-mail de trabalho, informou o FT.
No ano passado, o Morgan Stanley concordou em pagar US$ 200 milhões em multas à SEC e à Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC).
Vários bancos, entre eles Barclays, Goldman Sachs e UBS, pagaram multas semelhantes com penalidades sobre o tema totalizando US$ 2 bilhões.
A investigação também trouxe algumas mudanças mais amplas. O conselho de administração do Deutsche Bank decidiu cortar bônus dos diretores em 75 mil euros (US$ 81,2 mil) em 2021, e o banco alemão introduziu um novo aplicativo que permite a recuperação de mensagens nos telefones da empresa.
O JPMorgan Chase reduziu o pacote de bônus de 2021 da chefe de gestão de ativos e patrimônio Mary Erdoes “relacionado a investigações internas, da SEC e CFTC sobre a conformidade da empresa com certos requisitos de preservação de registros”, divulgou o banco em documento regulatório de 2022.