Morgan Stanley é “bullish” com Brasil no curto prazo e destaca estabilidade política
A equipe de Wealth Management do Morgan Stanley divulgou relatório semanal acerca das decisões de seu comitê de investimentos, no qual analisa o cenário macroeconômico para indicar quais são as melhores alternativas de investimento a seus clientes.
Moedas de emergentes podem vivenciar rali em 2019, diz estrategista
Inicialmente, dentre as classes de ativos existentes na renda variável de todo o mundo, os mercados com P/E (Price/Earnings) mais baixo atualmente são os emergentes, com relação de 11,7 vezes. Para efeitos de comparação, os P/E dos índices S&P 500 e MSCI AC World estão atualmente na casa de 15,8 vezes e 14,2 vezes, respectivamente.
No tocante especificamente aos setores do S&P 500, os múltiplos mais atrativos são os do setor financeiro, com P/L de 11,4 vezes para 12 meses, seguidos pelos setores “Industrials” e de “Information Technology”, com 15,1 vezes e 16,7 vezes, respectivamente. O setor com o múltiplo mais esticado é o de “Consumer Discretionary”, na casa de 19,7 vezes.
Em relação as variáveis macroeconômicas e o momentum vigente das mesmas, o Morgan Stanley lista recomendações para o País. Inicialmente ressaltando a “estabilidade política como propulsora e dando suporte à recuperação”, o comitê de investimento está “neutro” frente ao crescimento econômico, aguardando ações mais concretas do governo.
Já em relação ao posicionamento no juro básico, o Morgan Stanley lista “alocação de risco negativa”, ao contrário do que faz com a inflação, quando aponta viés positivo e destaca o patamar moderado na evolução do nível geral de preços.
Por sua vez, em relação a confiança e ao risco, o comitê está “bullish” no curto prazo, com os fatores técnicos com viés “neutro”. Já frente ao valuation, o Morgan Stanley acredita que ativos de risco estão altamente avaliados, com as expectativas de lucros “anêmica”.