Mercados

Morgan Stanley: A tão esperada correção dos mercados de ações chegou

19 ago 2019, 12:50 - atualizado em 19 ago 2019, 14:44
Analistas destacam maior estabilidade política no Brasil (Imagem: Bloomberg)

O Morgan Stanley Wealth Management divulgou relatório nesta segunda-feira (19) sobre perspectivas macroeconômicas, no qual destaca que “a correção dos mercados acionários [globais] que antecipamos pode ter chego”.

Ao avaliarem os motivos da correção, os analistas liderados pela CIO Lisa Shallett destacam os seguintes pontos: deterioração nos indicadores econômicos globais, ceticismo sobre a política monetária do Federal Reserve e nebulosidade em torno das questões comerciais entre China e EUA.

Além disso, o Morgan Stanley Wealth Management destaca a recente inversão da curva de Treasuries e o comportamento de ativos como ouro, moedas e commodities “sinalizando também recessão”.

“Os lucros do segundo trimestre do S&P 500 mostram comparações negativas na relação ano a ano pelo segundo trimestre consecutivo, o que constitui em lucros de período de recessão”, ressalta o banco. “O colapso nos juros globais e a inversão relacionada na curva de juros é uma chamada para os mercados acionários acordarem”, completam os analistas.

Risk-on

Em relação ao Brasil, a percepção em relação ao crescimento econômico é “anêmica”, mas com “aceleração”. Na curva de juros, os analistas destacam normalidade e achatamento, com tendência deste padrão a frente.

No que diz respeito à inflação e a liquidez, o Morgan Stanley Wealth Management ressalta expectativa baixista no nível geral de preços e aponta neutralidade na liquidez do sistema financeiro, “com tendência de alta”.

A confiança e a percepção de risco permanecem neutras, porém com viés mais pessimista. Os analistas acreditam que os ativos de risco “estão altamente avaliados”, mas enxergam ainda assim tendência de alta.

Por último, a instituição destaca novamente (assim como em todas as publicações de 2019) que “a estabilidade política fornece suporte à recuperação” e que a “confluência de fatores dá suporte a um approach de investimento “risk-on” (maior propensão ao risco).

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