Comprar ou vender?

Enquanto o mundo está incerto, não faça nada (inclusive no Brasil), diz Morgan Stanley

03 set 2019, 15:51 - atualizado em 03 set 2019, 16:16
Analistas avaliam eventos geopolíticos (Imagem: Antonio Heredia/Bloomberg)

“Os mercados estão sendo agora forçados a lutar contra uma gama de eventos geopolíticos potencialmente desestabilizadores nos próximos dois meses: aumento das probabilidades de acordo não amigável do Brexit, protestos em Hong Kong, falência da Argentina, sanções econômicas no Irã, colapso no governo da Itália e ansiedade em relação aos custos de longo prazo e as decorrências dos incêndios na Amazônia brasileira”.

A avaliação é do Morgan Stanley Wealth Management, em relatório divulgado nesta terça-feira (3), no qual destaca o maior nível de incertezas ao redor do mundo e a consequente aversão ao risco pelos investidores, principalmente diante de eventos geopolíticos com menor previsibilidade de resultados.

Para a equipe de analistas liderada por Lisa Shalett, a cautela predomina. “Considere ficar sentado nas próximas seis a oito semanas enquanto aguardamos mais clareza no front da geopolítica”, afirma a instituição, destacando ainda que os “títulos estão muito caros para investidores utilizarem como hedge (proteção) às fraquezas de curto prazo das ações nos EUA, e os papeis internacionais estão muito baratos para serem abandonados, a medida que precificaram as notícias negativas”.

Risk-on permanece

Em relação ao Brasil, o Morgan Stanley Wealth Management analisa o momentum do PIB com “crescimento econômico anêmico”, mas com “tendência de aceleração”.

Na curva de juros, comportamento normal e achatamento (menor diferença entre a parte longa e curta dos juros), na avaliação dos analistas.

A inflação apresenta comportamento moderado e baixo, com tendência de queda. Por sua vez, a liquidez é avaliada como neutra e com trajetória ascendente. A confiança de curto prazo e o risco mantêm-se neutros, com tendência de maior otimismo.

“Os ativos de risco estão ricamente avaliados”, diz o Morgan Stanley Wealth Management, porém com tendência de alta nos valuations. Por fim, o horizonte de lucros é “anêmico”, mas com trajetória de melhora.

Em conclusão, apesar da volatilidade de curto prazo, “a convergência dos fatores fornece suporte para um approach de investimento risk-on”.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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