Mordida de rato de laboratório põe Taiwan em alerta para Covid
Uma mordida de roedor originou uma investigação sobre um possível surto de Covid-19 em Taiwan, após a funcionária de um laboratório de alta segurança registrar o primeiro caso da doença na ilha em mais de um mês.
A jovem na casa dos 20 anos testou positivo para Covid esta semana depois de entrar em contato com o coronavírus enquanto trabalhava na Academia Sinica, o principal instituto de pesquisa de Taiwan, em meados de novembro, informou o ministro da Saúde, Chen Shih-chung, na quinta-feira à noite. Ela não havia estado no exterior e recebeu duas doses da vacina fabricada pela Moderna.
Na sexta-feira, Chen confirmou que ela havia sido mordida em duas ocasiões por um rato de laboratório infectado com a Covid.
No entanto, ele alertou que seria preciso aprofundar a investigação para determinar se as mordidas causaram a transmissão do vírus. As autoridades acreditam que ela provavelmente está infectada com a variante delta.
Antes da quinta-feira, a última confirmação de contágio local da doença em Taiwan havia ocorrido em 5 de novembro. Taiwan registrou pouco mais de 14.500 casos domésticos de Covid-19 e 848 mortes desde o início da pandemia.
As autoridades de saúde identificaram 94 indivíduos que entraram em contato com a funcionária do laboratório desde que ela foi infectada — principalmente colegas e amigos — e colocaram essas pessoas em quarentena. Oitenta deles testaram negativo e a jovem pediu demissão.
Transmissão animal
O risco de animais espalharem Covid para seres humanos é considerado baixo com base nas informações disponíveis, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
Segundo a agência, mais estudos são necessários para entender se e como diferentes espécies animais podem ser afetadas pelo vírus.
De acordo com o CDC, embora seja uma ocorrência rara, alguns coronavírus que infectam animais podem contaminar pessoas antes da transmissão entre humanos, como o que aconteceu com SARS-CoV-2, que provavelmente surgiu em morcegos.
Desde o começo da pandemia, não há evidências de que os animais tiveram papel significativo na disseminação da Covid, afirmou o CDC.