Moraes multa partido de Bolsonaro em R$ 22 milhões por pedido de anulação de votos sem provas de fraude
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Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes multou os partidos que fazem parte da coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em R$ 22,9 milhões. A decisão se deu por conta do relatório apresentado pelo PL alegando “mau funcionamento” das urnas e pedindo a anulação de mais da metade dos votos dados no segundo turno das eleições presidenciais.
Moraes rejeitou o pedido e definiu a multa por identificar “litigância de má-fé”, quando alguém aciona a Justiça intencionalmente com má intenção ou deslealdade, para causar tumulto. O valor imposto, de R$22.991.544,60 corresponde a 2% do valor da causa.
Além do PL de Bolsonaro, a decisão atinge os partidos PP e Republicanos – que também integraram a coligação derrotada em segundo turno.
O documento cita nominalmente, no entanto, apenas o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos César Rocha, contratado pelo partido para fazer a auditoria.
Na terça-feira (22), o PL entrou com uma representação no TSE pedindo a revisão dos votos, anulação do resultado constatado em algumas urnas e que a justiça “tomasse a devidas providências legais”, alegando que Bolsonaro havia sido vitorioso na disputa.
Alexandre de Moraes deu 24 horas para que o partido entregasse o pedido com os dados totais, incluindo a votação do primeiro turno. Nesta quarta-feira (23), o partido alegou que “não encontrou inconsistências no primeiro turno”, e que manteria o pedido usando apenas o segundo turno como referência.
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