Moraes diz que atentado não é fato isolado e descarta anistia
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira (14) que o homem que morreu ao explodir uma bomba perto da corte pretendia entrar no prédio e explodir o artefato dentro das dependências do Supremo, mas foi barrado na entrada pela segurança.
Moraes afirmou ainda que a explosão não é um fato isolado do contexto recente de crescimento de extremismo no país que inclui os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Ele disse ainda, ao participar de evento do Conselho Nacional do Ministério Público, que a pacificação nacional não é possível com a anistia a criminosos que atentam contra a democracia.
Na noite de quarta-feira, duas explosões aconteceram perto da Praça dos Três Poderes e, além da morte de uma pessoa, provocaram o esvaziamento dos edifícios-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, em um incidente descrito por autoridades como um ataque.
A Polícia Federal, que abriu um inquérito para apurar o caso.
Candidato a vereador pelo PL
A Polícia Civil do Distrito Federal identificou o corpo da pessoa morta na explosão ocorrida perto do prédio do STF como sendo de Francisco Wanderley Luiz, mostrou boletim de ocorrência obtido pela Reuters e confirmado por duas fontes com conhecimento do assunto.
Luiz também era o proprietário do veículo encontrado no local e foi candidato a vereador pelo PL na cidade catarinense de Rio do Sul em 2020.
Procuradas, a Polícia Civil do Distrito Federal, a Secretaria de Segurança Pública do DF e a Secretaria de Comunicação do governo da capital federal não responderam de imediato a pedidos de comentário.
O boletim de ocorrência está sob sigilo, mas a Reuters teve acesso ao documento e duas fontes com conhecimento do assunto confirmaram sua autenticidade.
*Com informações da Reuters