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Moradia flexível: Por que a Geração Z está abrindo mão de ter a própria casa?

14 abr 2023, 13:55 - atualizado em 14 abr 2023, 13:55
Moradia flexível
Moradia flexível ganhou força entre os jovens nos últimos anos (Imagem: Shutterstock)

O setor imobiliário é impactado por alguns fatores que determinam por qual caminho o segmento de imóveis irá seguir nos próximos anos. Exemplo disso é a mudança de comportamento, impulsionada pelas novas gerações sobretudo pela geração Z.

Uma nova tendência que ganhou força entre os jovens de uns tempos para cá é a moradia flexível. Essa categoria visa flexibilizar alguns processos de locação.

Diferentemente do modelo tradicional de aluguel, que geralmente exige contratos de longo prazo, as startups que oferecem a moradia flexível permitem que usuários aluguem o espaço por um período mais curto, que pode variar de alguns dias a alguns meses.

Além da duração do aluguel, os espaços residenciais também permitem aos usuários uma maior liberdade em termos de localização e escolha do tamanho do imóvel.

Em 2020, um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostrou que 82% dos jovens brasileiros desejavam experimentar viver no modelo flexível em um futuro próximo. Os entrevistados tinham entre 16 e 24 anos.

Além disso, 70% apontaram não ter preferência por um imóvel fixo, o que ilustra a mudança de comportamento da geração Z.

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Moradia flexível e a tecnologia

O co-founder e CEO da Tabas, Leonardo Morgatto, comenta que, quando se olha para esse comportamento social, é possível entender que a tecnologia é um ponto fundamental para o segmento. Contudo, o setor imobiliário ainda é carente de inovações tecnológicas. A Tabas é uma proptech (startups do setor imobiliário) especializada em moradias flexíveis.

Morgatto ainda conta que, antes, ao escolher um imóvel para alugar, muitas visitas eram feitas até o inquilino encontrar, de fato, algum imóvel que gostasse. Ainda assim, no fim, a operação poderia não dar certo, por todo o processo de documentação, que era extenso e cansativo.

“Hoje, tudo é digital. As pessoas pedem por praticidade a todo momento e em tudo. Não faz mais sentido seguirmos os mesmos modelos há décadas”, pondera.

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