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Moove, da Cosan (CSAN3), desiste de IPO em Nova York

09 out 2024, 17:27 - atualizado em 11 out 2024, 14:55
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(Imagem: Moove/Cosan)

Moove, subsidiária da Cosan (CSAN3), adiou a precificação do seu IPO (Oferta Pública Inicial) na Bolsa de Nova York previsto para essa quarta-feira (9).

Em comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Cosan disse que não prosseguiu com o IPO em “função das condições adversas de mercado”.

Segundo fontes, a empresa teve dificuldades de trazer fundos “long only” ao livro de ofertas, apesar de ter uma demanda de duas vezes em relação ao volume da operação.

Uma fonte disse que a Moove pretende retomar sua oferta daqui um ano. O problema que barrou a transação, segundo as fontes, teria sido o risco Brasil, com a questão fiscal passando a ser questionada pelos investidores.

A empresa, que será listada na Bolsa de Nova York (NYSE), definiu uma meta de avaliação de US$ 1,94 bilhão. O braço de lubrificantes da Cosan e parte de seus atuais acionistas lançaram uma oferta de 25 milhões de ações e buscam levantar até US$ 437,5 milhões, a US$ 14,50 a US$ 17,50 por ação.

Esse será o primeiro IPO de uma companhia brasileira desde 2021, quando o Nubank (NU) fez a sua estreia oficial na bolsa norte-americana.

Cosan (CSAN): Para UBS, IPO da Moove ajuda mas não resolve nível de endividamento

O UBS aponta que o processo de IPO ajuda no processo de desalavancagem da Cosan, mas não o resolve completamente. O banco recomenda compra e preço-alvo de R$ 26,00 (potencial de alta de 95,34%).

“Apesar de uma ligeira melhora no último trimestre, o índice de cobertura de dívida da Cosan permanece apertado em 1,3 vez, em comparação com o nível de 1,5 a 2,0 vezes que a gestão sinaliza como adequado. A parcela secundária do IPO ajuda na jornada de desalavancagem, pois a Cosan poderia levantar o equivalente a entre 2% e 4% de sua dívida bruta de R$ 25 bilhões”, dizem os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, do UBS.

Veja comunicado da Moove

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
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