Moody’s vê otimização fiscal de R$ 3 bilhões e benefício total para Marfrig (MRFG3) por dividendos da BRF (BRFS3) com fusão

A agência Moody’s reforçou que a fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3), que criaria a “MBRF”, não afetará os ratings de nenhuma das empresas.
A Marfrig também se beneficiaria de 100% da distribuição de dividendos da BRF sem aumentar sua própria alavancagem, dado que a fusão será financiada por uma troca de ações, disse.
“Além disso, a combinação das operações criará sinergias adicionais. As empresas estimam uma redução maior de receita e custos (em R$ 485 milhões por ano ou US$ 85 milhões), diminuição das despesas comerciais e logísticas (cerca de R$ 320 milhões por ano) e otimização fiscal (de aproximadamente R$ 3 bilhões por ano)”, apontam os analistas Bárbara Mattos e Marcos Schmidt.
A instituição explica que a Marfrig já consolida 100% dos resultados da BRF e, desde que começou a fazer essa consolidação em 2022, sua contribuição aumentou em meio a fundamentos positivos para a avicultura global, o que sustentou fortes resultados na BRF em 2024 e no primeiro trimestre de 2025.
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” Enquanto isso, a Marfrig tem sido desafiada pelos custos elevados do gado e pelas margens mais baixas da National Beef, que concentra as operações da Marfrig nos EUA”, completam.
A fusão inclui pagamentos de dividendos de R$ 3,5 bilhões da BRF e R$ 2,5 bilhões pela Marfrig. Nos 12 meses encerrados em março de 2025, o saldo de caixa consolidado totalizou R$ 33,6 bilhões, com R$ 13,6 bilhões da BRF.
“Em uma base pró-forma, considerando a quantidade de dividendos inicialmente anunciada, o saldo total de caixa totalizaria R$ 27,6 bilhões. Prevemos possíveis mudanças na estrutura de capital após a fusão para otimizar possíveis sinergias na estrutura da dívida. Mudanças na estrutura da dívida podem afetar os ratings”.