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Mongólia Interior pede que público denuncie mineradoras cripto na região

19 maio 2021, 12:10 - atualizado em 19 maio 2021, 12:11
A tentativa de proibir empresas de mineração cripto é parte do plano do governo da província de atender às metas de emissão de carbono nos próximos cinco anos (Imagem: Freepik/wirestock)

Em sua tentativa mais recente para eliminar as operações de mineradoras cripto, o governo da Mongólia Interior desenvolveu uma plataforma, em que pede ao público que divulgue a localização dessas mineradoras. 

A Comissão de Desenvolvimento e Reforma (DRC, na sigla em inglês) da Mongólia Interior disse, em um comunicado dessa terça-feira (18), que disponibilizou linha telefônica, e-mail e endereço postal para que moradores locais informem o governo, caso saibam de quaisquer operações de mineradoras cripto que ainda estejam em atividade na região.

O escopo da plataforma também tem como alvo qualquer operação local de mineração cripto que esteja usufruindo de benefícios fiscais, imobiliários e energéticos, sob o disfarce de centros de dados ou de qualquer outra empresa que ofereça serviços de locação de imóveis para operações de mineração cripto.

A medida segue o comunicado feito em março pela DRC da Mongólia Interior, em que a agência governamental buscou fechar mineradoras cripto na região que utilizassem majoritariamente combustíveis fósseis.

Desde então, empresas de mineração cripto na região foram, gradativamente, mudando suas operações para outros locais no país. Porém, a Mongólia Interior é uma das maiores províncias chinesas em território, com 1,18 milhão de quilômetros quadrados, o que equivale a 1,5 vez ao estado americano do Texas. 

A tentativa de proibir empresas de mineração cripto é parte do plano do governo da província de atender às metas de emissão de carbono nos próximos cinco anos, que foram estipuladas pela Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional (NDRC), agência central do governo encarregada do plano econômico macro da China.

A NDRC, um dos 26 gabinetes ministeriais do governo central, estipulou diversas metas a serem atingidas para cada um dos planos macroeconômicos de cinco anos do país.

Um dos objetivos para o 13º plano de cinco anos (2016-2020) era reduzir o consumo de energia nacional por PIB em 15%, em comparação com o período anterior.

Esse é tanto um objetivo nacional como local. No entanto, a Mongólia Interior foi a única província que falhou em atingir esse objetivo no final de 2019 – e, com base em uma análise do governo, o primeiro semestre de 2020 foi ainda pior.