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BTG monta carteira de sobrevivência para janeiro com duas trocas; veja as 10 ações

02 jan 2025, 13:56 - atualizado em 03 jan 2025, 18:07
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BTG Pactual troca seis ações em sua carteira recomendada para o mês de dezembro (Imagem: Bigc Studio/ Canva Pro)

O BTG continua em seu ‘modo sobrevivência’ para lidar com a piora do cenário brasileiro. Desde o final de novembro, o Ibovespa amargou queda de 4%, enquanto o dólar se mantém acima de R$ 6.

“O atual cenário fiscal altamente incerto, o aumento das taxas de juros e a falta de visibilidade sobre possíveis catalisadores de curto prazo indicam um início de 2025 difícil”, explica.

Os analistas recomendam que os investidores posicionem seus portfólios de forma mais defensiva e que foquem em ações com um fluxo de caixa mais concentrado no curto prazo, pagadoras de altos dividendos e empresas que se beneficiem de um dólar mais forte.

“Os lucros das empresas que vendem principalmente no mercado interno devem crescer muito menos em 2025 do que em 2024, e para aquelas altamente alavancadas e com a maior parte de sua dívida atrelada à taxa Selic, a situação pode ser mais desafiadora”, diz.

Para o banco, considerando a enorme carga de dívida, as altas taxas de juros e o ritmo potencialmente acelerado da deterioração fiscal, a única maneira de os preços dos ativos se estabilizarem ou melhorarem seria se o governo implementasse mudanças mais estruturais no orçamento, “o que parece altamente improvável neste momento”.

Trocas

Em sua carteira para janeiro, os analistas realizaram duas alterações, com a saída da Cyrela (CYRE3) e Copel (CPLE6) para a entrada de Eletrobras (ELET3) e JBS (JBSS3).

Segundo o relatório, a entrada do frigorífico aumenta ainda mais a exposição ao dólar com a adição da processadora de alimentos com yield de geração de caixa 12%.

Entre as empresas de serviços básicos, a troca da Copel pela Eletrobras se deve a um acordo com o governo sobre governança e a Eletronuclear, que pode estar próximo.

Outras ações

De acordo o BTG, as produtoras de papel e celulose Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) são bons investimentos no cenário atual, já que os preços da celulose parecem ter atingido as mínimas.

Apesar de não achar a WEG (WEGE3) barata, o BTG diz que a empresa oferece perspectivas de crescimento resilientes, altos retornos, exposição cambial e presença em mercados promissores, como energias renováveis.

“Nosso portfólio tem alguma exposição cambial adicional por meio da Petrobras (PETR4), já que os preços do petróleo e dos derivados são baseados em preços internacionais”, dizem.

E além das empresas que ganham com um dólar mais forte, o BTG também dá preferência as que pagam dividendos sólidos.

“A provedora de seguros BB Seguridade (BBSE3), que se beneficia das taxas de juros mais altas, deve pagar dividendos elevados”.

O banco gosta da TIM (TIMS3), uma empresa de telecomunicações já estabelecida, “para a qual modelamos pagamentos de dividendos que poderiam representar até 17%”.

Em dezembro, o portfólio caiu 2,5%, ficando acima do Ibovespa (-4,3%) e do IBrX-50 (-4%).

Veja as 10 ações indicadas pelo BTG para janeiro

Empresa Ticker Peso
Petrobras PETR4 15%
Itaú Unibanco ITUB4 10%
WEG WEGE3 10%
Suzano SUZB3 10%
BB Seguridade BBSE3 10%
Sabesp SBSP3 10%
Tim TIMS3 10%
Eletrobras ELET3 10%
Marcopolo POMO4 5%
JBS JBSS3 10%

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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