‘Modo sobreviência’: BTG renova carteira para se defender de pacote fiscal; veja as 10 ações para dezembro
O BTG Pactual renovou sua seleção de ações para o mês de dezembro, adotando “movo sobrevivência” após um pacote fiscal que entregou muito pouco e muito tarde.
Os analistas do banco comentam que a situação fiscal do Brasil vem se deteriorando rapidamente e, sem mudanças mais robustas no orçamento, destacam que a estrutura existente é insustentável e a trajetória da dívida é “explosiva”.
A equipe econômica do banco prevê que a dívida em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) pode chegar a 84% até o final deste governo, um aumento de 12 pontos percentuais em quatro anos.
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Os analistas comentam ainda que a trajetória altamente incerta da dívida pública do Brasil, que combina
uma carga de dívida muito alta, com altas taxas de juros, pode manter as taxas de longo prazo sob pressão e impedir uma recuperação mais pronunciada das ações brasileiras.
“Com isso em mente, decidimos tornar nosso portfólio muito mais defensivo. Estamos adicionando ações com um fluxo de caixa de curta duração, pagadoras de altos dividendos e empresas que ganham com um dólar mais forte”, diz o relatório do BTG.
Dessa maneira, saem do portfólio de dezembro as ações de Lojas Renner (LREN3), Vivara (VIVA3), Localiza (RENT3), Vale (VALE3), Equatorial (EQTL3) e Eletrobras (ELET3).
Em novembro, a carteira do BTG registrou desempenho negativo de 7,50%, ante recuo de 3,10% do Ibovespa (IBOV), seu índice de referência.
As ações para o ‘modo sobreviência’
Os analistas adicionaram a seguradora BB Seguridade (BBSE3), que se beneficia de taxas
Selic mais altas e está pagando dividendos elevados, com um dividend yield (rendimento de dividendo_ de 11%. Além disso, TIM (TIMS3) entra no portfólio, uma vez que o BTG estima que a companhia retorne 17% de seu valor de mercado aos investidores nos próximos 18 meses.
Pensando em aumento da exposição cambial, o BTG incluiu WEG (WEGE3) no portfólio, ainda que apontem que a ação não é barata, defendem que oferece crescimento resiliente e exposição cambial favorável.
Já a entrada de Suzano (SUZB3) se deve aos analistas a considerarem uma tese mais barata, com sinais melhores para o preço de celulose e como uma defesa melhor contra o dólar.
“Temos alguma exposição adicional ao câmbio por meio da Marcopolo (10% das vendas em dólares) e da Petrobras, que também é uma forte pagadora de dividendos”, dizem os analistas. O BTG, inclusive, elevou o peso da Petrobras (PETR4) no portfólio de 10% para 15%.
O banco mantém exposição de 20% em serviços básicos, mas trocando Equatorial e Eletrobras por Sabesp (SBSP3) e Copel (CPLE6). Fechando as movimentações para dezembro, o BTG reduziu sua exposição à Cyrela (CYRE3) de 10% para 5%.
Veja as 10 ações indicadas pelo BTG para dezembro
Empresa | Ticker | Peso |
Petrobras | PETR4 | 15% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 15% |
WEG | WEGE3 | 10% |
Suzano | SUZB3 | 10% |
BB Seguridade | BBSE3 | 10% |
Sabesp | SBSP3 | 10% |
Tim | TIMS3 | 10% |
Copel | CPLE6 | 10% |
Marcopolo | POMO4 | 5% |
Cyrela | CYRE3 | 5% |
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