Commodities

‘Modo Moro’ substitui ‘modo EUA’, pressiona o dólar e derruba a soja

24 abr 2020, 14:40 - atualizado em 24 abr 2020, 14:49
Soja Commodities Agronegòcio
Soja e milho viraram para o negativo depois de um período no positivo, por pressão do dólar no Brasil (Imagem: Reuters/ Tingshu Wang)

Do ‘modo Estados Unidos’, visto nas primeiras horas da manhã, a soja virou para ‘modo Moro’. A confirmação da saída do ex-ministro da Justiça atiçou o dólar, que desatiçou as cotações do grão. E puxa junto o milho.

Ambos caminham para fechar em queda nesta sexta (23), quando tudo indicava que saíssem para a segunda em alta com a entrada da China buscando mais soja nos Estados Unidos.

A comodity fica mais barata na troca pela divisa americana e o mercado enxerga os importadores com mais tração por aqui, explica Marlos Correa, da InSoy Commodities.

E podendo tirar o fôlego pela soja dos Estados Unidos, mais cara, cujas compras vinham dando margem a ganhos, Chicago (CBOT) foi para a tabela negativa. É verdade que há um tanto de ajuda pelo plantio americano indo bem.

Agora,  14h35 (Brasília), os contratos perdem mais do que ganhavam pela manhã, com o maio em menos 1,21%/US$ 8,27. O dólar por aqui ronda acima dos R$ 5,70, em alta de 3,29%.

O milho cai também. Já estava prejudicado pela baixa fabricação de etanol nos Estados Unidos e passou a ter influência da baixa da soja, conclui Marlos Correa.

O cereal recua 1,92% em Chicago, a US$ 3,12 o vencimento maio.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.