Modelo Max da Boeing obtém vitória importante no primeiro acordo pós-aterramento
Prestes a deixar o cargo, o diretor-presidente da IAG, Willie Walsh, disse que o grupo aéreo está “totalmente comprometido” em confirmar um pedido de jatos Max da Boeing (BA), avaliado em US$ 24 bilhões. No entanto, a decisão final de ir em frente com o pedido será de seu sucessor.
Em entrevista no Catar, Walsh disse que a controladora da British Airways não terá com o que se preocupar depois que o Max for certificado como seguro para voar novamente após os dois acidentes fatais. Walsh encerrará seu mandato de nove anos em 26 de março.
A compra de 200 aviões será finalizada assim que a aeronave estiver pronta para retomar os serviços, o que, segundo as expectativas de Walsh, deve ocorrer no segundo semestre.
Enquanto Luis Gallego não assume o comando, a confiança da IAG no jato serve como um impulso para a Boeing, que registrou o primeiro prejuízo em duas décadas na esteira da suspensão dos voos com o Max, parado há quase um ano.
O contrato com a IAG foi manchete na Paris Air Show de junho passado, mas agora a empresa norte-americana trava uma batalha regulatória para corrigir o sistema de software responsável pelas tragédias.
A Boeing calcula que o Max será autorizado a retomar os voos em meados do ano. Walsh, um ex-piloto, reafirmou seu apoio ao modelo, dizendo que ficaria feliz em voar no jato depois de um exaustivo processo de recertificação.
A Airbus não foi convidada para a licitação na proposta original da IAG que levou à carta de intenções de compra do Max. Walsh explicou que queria diversificar a frota de corpos estreitos, composta principalmente por aviões da empresa europeia, para que futuras compras pudessem ser abertas à concorrência.
O diretor de vendas da Airbus, Christian Scherer, disse na época que tentaria convencer a IAG a reabrir a licitação antes que o acordo do Max fosse finalizado. Um porta-voz não quis comentar quando perguntado se considerava que a empresa ainda poderia ganhar o pedido.