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Moagem de cana do Centro-Sul recua 11% na 1ª quinzena de julho; produção de açúcar cai 9,7%

25 jul 2024, 12:24 - atualizado em 25 jul 2024, 12:24
açúcar moagem
(Foto: Reuters/Paulo Whitaker)

A moagem de cana do Centro-Sul do Brasil somou 43,17 milhões de toneladas na primeira quinzena de julho, recuo de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado, em meio a chuvas que atingiram parte da região, afetando a colheita, afirmou nesta quinta-feira (25) a União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica).

Já a produção de açúcar da principal região produtora do mundo atingiu 2,94 milhões de toneladas no período, baixa de 9,7% na mesma comparação, segundo a entidade que representa as usinas.

Pouco antes da divulgação dos dados, os contratos futuros do açúcar bruto já saltavam quase 4% e mantinham a tendência de alta, sendo negociados a 18,66 centavos de dólar por libra-peso, por volta das 11h30 (horário de Brasília).

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Segundo o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, a retração constatada no processamento de cana nos primeiros 15 dias de julho se deve à condição climática desfavorável para colheita.

Ele citou “chuvas leves que impactaram o ritmo de moagem no Paraná, Mato Grosso do Sul e nas regiões de Assis, São Carlos e Piracicaba”, importantes regiões de São Paulo, o principal produtor nacional.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de julho atingiu 143,27 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, alta de 1,85% ante o mesmo período do ano passado.

Produção de açúcar cresce

Apesar do recuo na quinzena, no acumulado da safra desde 1º de abril, a produção de açúcar do centro-sul aumentou 10,37%, para 17,14 milhões de toneladas, com um aumento de 8,7% na moagem de cana.

Já a alocação de cana para o açúcar no acumulado da safra atingiu 48,92%, versus 48,17%, um patamar aquém do previsto inicialmente pelo mercado.

Na véspera, a consultoria StoneX reduziu em cerca de 2 milhões de toneladas a projeção de produção do adoçante na temporada 2024/25 citando um “mix” menos açucareiro que o previsto, já que a demanda por etanol tem sido forte no mercado doméstico.

Rodrigues também citou a condição climática desfavorável, que tem afetado a produtividade agrícola.

Na primeira metade de julho, a fabricação de etanol pelas unidades do centro-sul atingiu 2,13 bilhões de litros (-6,28%), sendo 1,29 bilhão de litros de etanol hidratado (-1,02%) e 835,53 milhões de litros de etanol anidro (-13,39%).

No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 13,14 bilhões de litros (+9,73%), sendo 8,35 bilhões de etanol hidratado (+21,83%) e 4,79 bilhões de anidro (-6,44%).

reuters@moneytimes.com.br
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