Moagem de cana do Centro-Sul na safra 2021/22 deve totalizar 525 milhões de t
O Centro-Sul do Brasil deve processar 525 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2021/22, que vai de abril deste ano até março do próximo, o que representa um recuo de 13,3% ante a temporada anterior.
Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, a entidade atribui a queda a problemas climáticos – em especial o tempo seco e as geadas.
A fabricação total de etanol deve cair 8,7% na mesma comparação, para 27,7 bilhões de litros. Desse total, 11 bilhões devem ser do biocombustível anidro, o que representa aumento de 13,7%; e 16,7 bilhões de litros, de hidratado, 19,3% a menos do que na safra anterior.
É esperada também uma queda na produção de açúcar, de 38,5 milhões de toneladas na safra 2020/21 para cerca de 32,0 milhões de toneladas em 2021/22.
O mix da safra deve ser levemente mais alcooleiro do que a anterior, passando de 53,93% da cana destinada ao etanol em 2020/21 para 55,13% em 2021/22.
Segunda quinzena
O Centro-Sul do Brasil processou 3,879 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de novembro, 55,59% a menos do que um ano antes, informou a Unica nesta quinta-feira.
A produção de açúcar recuou 62,78% na mesma comparação, para 160 mil toneladas, enquanto a fabricação de etanol recuou 39,62%, para 359 milhões de litros.
A qualidade da cana-de-açúcar, medida pelo volume de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), caiu 8,65% anualmente na quinzena, a 133,72 kg/t. O mix ficou mais alcooleiro, com 67,55% da cana processada destinada ao etanol.
O recuo expressivo na quinzena se deve ao fim antecipado da safra em decorrência dos problemas de produção.
No acumulado da safra 2021/22, que começou em abril no Centro-Sul, a moagem tem queda anual de 12,44%, a 520,9 milhões de toneladas, enquanto a produção de açúcar recua 15,98%, para 32 milhões de toneladas.
A produção de etanol teve perda acumulada de 9,38% no período, para 26,208 bilhões de litros. O ATR acumulado caiu 1,53%, para 142,94 kg/t, enquanto o mix é de 54,89% da cana para o etanol, ante 53,71% no mesmo período da temporada 2020/21.