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Mitre começa a entregar mais que o esperado na época do IPO

05 fev 2021, 11:44 - atualizado em 05 fev 2021, 11:44
A administração da Mitre acredita que conseguirá bater o guidance de 2021 (Imagem: Facebook/Mitre)

A Mitre (MTRE3) está bem confiante com o seu guidance de lançamentos para 2021. Em uma videoconferência com analistas do BTG Pactual (BPAC11), Fabrício Mitre, CEO da companhia, e o CFO Rodrigo Cagali reforçaram a visão positiva sobre o setor imobiliário para este ano.

A administração da Mitre acredita que conseguirá bater as projeções de 2021. A construtora espera lançar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões no período, montante que, como o BTG destacou, está acima da meta apresentada pela companhia na época da sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada em fevereiro do ano passado.

“Fabrício Mitre disse que a demanda está bem forte e que a companhia possui um bom pipeline de produtos (altamente diferenciado em relação aos competidores)”, comentaram Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Antonio Martins, autores do relatório divulgado pelo banco ontem.

O BTG lembrou que a Mitre lançou R$ 920 milhões em 2020 e entregou uma forte velocidade de vendas. Todos os projetos da companhia venderam bem (média de 66% vendidos).

Preocupações com custos

O aumento dos custos de materiais (principalmente aço e cimento) virou um ponto de atenção para a Mitre. Segundo o CEO, o aço representa cerca de 7% dos custos de construção da companhia. A empresa tem conseguido mitigar os impactos graças ao seu relacionamento de longo prazo com fornecedores, mas um novo aumento do aço, de aproximadamente 20%, é esperado para março.

Para tirar a pressão, a Mitre está repassando a alta dos custos para os preços dos imóveis, uma vez que os níveis de estoque estão baixos, a demanda permanece sólida e os recebíveis são automaticamente ajustados pela inflação. Dessa forma, a expectativa de crescimento para as margens continua intacta.

O BTG manteve sua visão positiva sobre Mitre. O banco reforçou a compra da ação, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 16.

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