Ministro paquistanês das Finanças buscará pagamentos diferidos para GNL do Catar
O Paquistão buscará um plano de pagamento diferido para o gás natural liquefeito comprado sob acordos de longo prazo com o Catar, disse o ministro das Finanças, Miftah Ismail, neste sábado (11), enquanto Islamabad enfrenta uma crise no balanço de pagamentos e a queda nas reservas cambiais.
O Paquistão divulgou na sexta-feira um orçamento para 2022-23 destinado à consolidação fiscal, enquanto tenta convencer o Fundo Monetário Internacional (FMI) a retomar o tão necessário apoio financeiro. Mas o credor expressou preocupação com os números, incluindo seu déficit em conta corrente.
“Nós conversamos sobre um plano de pagamento diferido… ou pelo menos eu solicitei isso… e o ministro do Petróleo está negociando e vai conduzir as conversas”, disse Ismail em entrevista à Reuters.
Enquanto aguarda os fundos do FMI, o Paquistão, sem dinheiro, tem enfrentado queda nas reservas cambiais, suficientes para menos de 45 dias de importações, e um enorme déficit em conta corrente, com as compras de energia dominando sua conta recorde de importação.
Os preços globais de energia têm subido a patamares recordes nos últimos meses em meio à redução da oferta da Rússia e à demanda ressurgente na Ásia.
O ministro do Petróleo, Musadik Malik, que esteve em Doha nesta semana para conversar com o ministro de Estado para Assuntos Energéticos do Catar e presidente-executivo da Qatar Energy, Saad al-Kaabi, confirmou as negociações, mas disse que seu governo explora estratégias “inovadoras” diferentes de preços e fornecimento em conversas mais amplas.
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