Internacional

Ministro do Interior italiano agradece prisão de Battisti

13 jan 2019, 11:46 - atualizado em 13 jan 2019, 11:46
Polizia di Stato/Redes Sociais/Direitos Reservados

O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, agradeceu, pelo Twitter, as forças policiais pela prisão de Cesare Battisti, e disse que o italiano “não merece uma vida confortável na praia, mas terminar seus dias na cadeia”.

“Agradeço às forças policiais italianas e estrangeiras, à polícia italiana, a Interpol, à Aise [Agência de Informação e Segurança Externa italiana] e todos aqueles que trabalharam para a captura de Cesare Battisti, um delinquente que não merece uma vida confortável na praia, pelo seu trabalho árduo para terminar seus dias na cadeia”, diz o tuíte.

Em italiano, o presidente Jair Bolsonaro enviou, também pela rede social, uma mensagem ao ministro: “Parabéns e conte sempre com a gente, ministro Salvini!”.

Battisti foi capturado na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra por volta das 17h de ontem (12). Segundo relatos, ele não tentou escapar. Questionado pelos policiais, respondeu em português. O italiano usava calça azul e camiseta, óculos escuros e barba falsa.

A extradição do italiano foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de dezembro do ano passado.

As autoridades avaliam se a extradição para a Itália será feita diretamente da Bolívia ou se Battisti será enviado para o Brasil e, assim ser encaminhado para a Europa. Há uma aeronave do governo italiano com agentes da Aise, a agência de inteligência do país, aguardando orientações, em território boliviano.

Condenação

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte. Nos últimos dias do governo Michel Temer, no entanto, o STF decidiu pela extradição. A medida já era defendida, ainda em campanha pelo atual presidente Jair Bolsonaro.

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