Ministro das Finanças da Alemanha diz que se opõe à taxação de lucros “excessivos” das empresas
A Alemanha não deve tributar lucros “excessivos” de empresas obtidos em meio à crise econômica e energética, pois isso interferiria nas forças do mercado, disse o ministro das Finanças em entrevista neste domingo, depois de ser questionado sobre taxações extraordinárias impostas em outros países da Europa.
A Itália e o Reino Unido estão entre aqueles que introduziram neste ano impostos extraordinários sobre empresas de energia que se beneficiaram muito do fornecimento mais restrito de combustível, enquanto os cofres estatais esvaziaram durante a pandemia e os custos para abrigar os mais pobres aumentaram.
“Para mim, muita coisa ou possivelmente tudo depõe contra um possível imposto sobre lucro excessivo quando penso nisso com mais atenção”, disse o ministro Christian Lindner, do Partido Liberal Democrático (FDP), à emissora pública ZDF.
“Isso significaria que entregaríamos nosso sistema tributário à arbitrariedade”, disse ele numa série de entrevistas com políticos da emissora.
O Reino Unido introduziu um imposto sobre lucros inesperados de 25% sobre os produtores de petróleo e gás em maio para ajudar a financiar o suporte governamental às famílias.
Lindner argumentou que os produtores de vacinas estavam colhendo altos lucros porque seus riscos foram altos e que, embora os suprimentos de eletricidade estejam apertados no momento, os preços mais altos foram a consequência correta para orientar as respostas do mercado.
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