Justiça

Ministra da AGU diz que combate à corrupção está institucionalizado

18 dez 2018, 18:07 - atualizado em 18 dez 2018, 18:07
A advogada-geral da União (AGU), Grace Mendonça, durante coletiva sobre o acordo de leniência com a empresa Andrade Gutierrez Engenharia, investigada na Lava Jato (Valter Campanato/Agência Brasil)

A ministra Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU), assegurou, hoje (18), que as ações de combate à corrupção e à improbidade administrativa estão institucionalizadas e que não há riscos de retrocessos.

“No teremos qualquer tipo de descontinuidade nesse trabalho. Esse trabalho está institucionalizado”, disse a ministra ao explicar a jornalistas os detalhes do acordo de leniência que a empresa Andrade Gutierrez assinou com a AGU e com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).

Perguntada como as autoridades têm transmitido as informações relativas aos acordos que estão sendo negociados aos membros da equipe do futuro governo, Grace garantiu que tudo está sendo informado com “absoluta lealdade e transparência”, respeitando o caráter sigiloso de alguns detalhes. “A transição é muito tranquila. Não temos nenhuma ruptura neste processo de transferência de informações que estão sendo repassadas”.

“Não corremos riscos de darmos passos para trás neste processo de engrandecimento da própria democracia do país, passando o país a limpo nesta perspectiva de irregularidades que acabou tocando várias empresas que estão instaladas e que desenvolvem suas atividades no país”, disse Grace Mendonça.

Pelo acordo de leniência assinado hoje, a Andrade Gutierrez se compromete a restituir R$ 1,49 bilhão aos cofres públicos, ao longo de 16 anos. Corrigida pela taxa Selic, a cifra pode atingir cerca de R$ 3,6 bilhões ao fim do período acordado.