Ministra da Agricultura adia ida à China em meio a atraso em aprovações para exportação
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, adiou para setembro uma viagem à China marcada inicialmente para agosto, informou nesta terça-feira um porta-voz da pasta, em um momento em que associações afirmam que aprovações pendentes para a exportação de carne à China estão demorando mais que o esperado.
O porta-voz disse que Tereza Cristina agora pretende viajar em setembro, sem fornecer razões para o adiamento.
No momento, a China está analisando conceder permissões de exportação a 30 unidades frigoríficas brasileiras, entre as quais estão 19 processadoras de carne bovina, nove processadoras de frango, uma produtora de carne suína e uma planta de asininos, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
“Há uma grande expectativa, já que a demanda existe e as vendas para a China são relevantes para os resultados de qualquer frigorífico”, disse à Reuters a diretora-executiva da Abiec, Liège Nogueira, em um evento do setor nesta terça-feira.
Ricardo Santin, diretor da ABPA, afirmou à Reuters que a indústria esperava que um anúncio a respeito da aprovação das exportações fosse feito durante a viagem da ministra à China.
No entanto, autoridades chinesas ainda não concluíram o que acredita-se ser a parte final da inspeção das unidades brasileiras de carne necessária antes das permissões, de acordo com Nogueira.
Os frigoríficos brasileiros acreditavam que as auditorias online das plantas –que não necessitam da presença dos fiscais às instalações e são organizadas de maneira remota– ocorreriam em julho, disse ela.
Até meados de julho, porém, as produtoras de carne bovina ainda não haviam sido auditadas, enquanto três processadoras de aves e uma produtora de suínos já passaram pelo processo, segundo Santin.
“Estamos apenas esperando uma resposta da China”, afirmou ele.
A Abiec espera que as inspeções online pelo país asiático ocorram em breve, mas não tem uma projeção específica para a retomada das auditorias ou para uma decisão final a respeito das aprovações das plantas.