Vale terá que pagar R$ 2 bi para vítimas em Macacos, determina Ministério Público
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Defensoria Pública do estado entraram na Justiça com uma Ação Civil Pública (ACP) pedindo ressarcimento por parte da Vale (VALE3) quanto a danos patrimoniais, individuais homogêneos, morais coletivos e sociais causados à população de Nova Lima, principalmente aos residentes de São Sebastião das Águas Claras, distrito conhecido como Macacos.
Entre as exigências da ação, a Vale precisa custear, no valor mínimo de R$ 2 bilhões, a contratação de assessorias técnicas para as pessoas afetadas e antecipar a indenização de R$ 30 mil e o pagamento emergencial de um salário mínimo para as pessoas adultas e de meio salário mínimo para crianças e adolescentes durante um ano, além dos custos ocasionados ao Poder Público.
O MPMG e a Defensoria Pública de Minas caracterizaram as pessoas afetadas como uma população “totalmente paralisada e isolada, no tempo e espaço, sofrendo interferência direta e indireta no seu meio de vida, sob vários aspectos, tais como o financeiro, social e psicológico”.
A Justiça também irá analisar o pedido referente a não suspensão do fornecimento do voucher de alimentação para toda a população de Macacos.