Ministério Público culpa usina de açúcar e etanol por morte de toneladas de peixes em São Paulo
Toneladas de peixes mortos estão apodrecendo no rio Piracicaba, no Estado de São Paulo, onde autoridades locais disseram que uma usina de açúcar e etanol despejou resíduos industriais neste mês.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) disse que as investigações estão em andamento e que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estimou, de forma conservadora, até 20 toneladas de diferentes espécies de peixes mortos no rio, a 200 quilômetros da capital paulista.
Nesta quinta-feira (18), os peixes já estavam apodrecendo há uma semana e meia, espalhando mau cheiro pela área. Carcaças de peixes inchadas flutuavam na superfície, algumas enredadas em plantas aquáticas.
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O rio Piracicaba atravessa a área protegida de Tanquã, conhecida pela biodiversidade como um minipantanal paulista.
Em um comunicado, o MP-SP disse que o impacto do despejo de resíduos industriais provavelmente será sentido por muitos anos, considerando a gravidade e a escala do que chamou de “triste desastre ambiental”.
Moradores locais estavam preocupados com o impacto em suas comunidades.
“Me dói ver todos esses peixes mortos,” disse Ronaldo Evangelista, um pescador local, lutando para conter as lágrimas enquanto olhava para o rio. “E agora, o que vai acontecer conosco?”.
A Usina São José Açúcar e Álcool, que o MP-SP disse ter despejado resíduos industriais, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A emissora Globo noticiou que a empresa disse estar cooperando com as investigações e que, até agora, não havia comprovação de que a empresa causou a mortandade de peixes.