Ministério do Turismo suspende 123milhas da Cadastur e modelo de negócio é analisado
O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta segunda-feira (2) que a empresa 123milhas foi suspensa do Cadastur, sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo, e que seu modelo de negócio está em analise.
A empresa realizou a suspensão dos pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional, a “PROMO”. Os consumidores que tinham pacotes da 123Milhas comprados para os meses de setembro a dezembro terão o dinheiro devolvido por meio de vouchers.
Sabino solicitou ao Ministério da Justiça uma investigação sobre a decisão da companhia. Na visão dele, a escolha da 123milhas é classificada como “grave”.
Além disso, segundo o Estadão, um procedimento aberto pela Senacan (Secretaria Nacional do Consumidor), órgão do Ministério da Justiça junto com o do Turismo, vai apurar as condições da 123milhas e também o modelo de negócio executado por empresas similares, como a Hurb.
Diversas pessoas foram lesadas pela decisão da empresa e, segundo a 123milhas, serão disponibilizados vouchers para que elas possam voltar a comprar em outras modalidades no site.
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Entenda o que aconteceu
A 123Milhas cancelou os pacotes de viagens vendidos em seu site e não vai honrar com o prometido. O motivo do cancelamento é a impossibilidade de realizar as viagens no preço contratado pelos clientes.
Os pacotes promocionais oferecem preços baixos de passagens e hospedagens, abaixo do mercado. No entanto, em alguns pacotes, as viagens não têm data previamente marcada.
Isso porque é necessário buscar os dias de voo e estadia mais baratos possíveis. Com o crescimento da busca por viagens após a pandemia, a inflação de serviços como passagens aéreas, hospedagens, passeios, passaram a prejudicar o valor total das viagens.
Por isso, 123Milhas e empresas como essas, passaram a não encontrar opções dentro da faixa de preços cobrada nos pacotes de seus clientes. Assim, sinalizavam prejuízo às empresas.