Ministério da Saúde confirma caso suspeito de coronavírus em Minas Gerais
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou nesta terça-feira que foi identificado em Minas Gerais o primeiro caso suspeito de coronavírus no Brasil, de uma paciente que esteve na cidade chinesa de Wuhan, o epicentro do surto do vírus.
“Nós temos hoje um caso suspeito de uma paciente que viajou para a cidade de Wuhan até 24 de janeiro. É um caso importado, ou seja, um pessoa que veio desse local”, disse o ministro em entrevista coletiva em Brasília, transmitida pela televisão.
“Ela apresentou sintomas compatíveis com o protocolo da suspeita, o estado geral dessa paciente é bom, ela se encontra estável, não tem nenhuma complicação, não há evidência ainda de que o vírus esteja, de qualquer maneira, circulando. É um caso importado, ela está em isolamento e os 14 contatos mais próximos estão sendo acompanhados”, acrescentou.
Segundo Mandetta, mais de 7 mil rumores de coronavírus foram analisados pelo ministério, dos quais 127 exigiram a verificação se estavam dentro de um padrão, resultando em 1 caso suspeito.
Na semana passada, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais chegou a anunciar como suspeito de coronavírus o caso de uma paciente que esteve na China e que apresentou sintomas respiratórios, mas posteriormente o caso foi descartado após receber diretrizes do Ministério da Saúde.
Segundo o ministro, a partir de agora o governo mudou a definição para casos suspeitos seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passará a tratar “todo e qualquer eventual caso suspeito aqueles procedentes da China”.
Anteriormente, a orientação era que só seriam considerados suspeitos casos que fossem procedentes da cidade onde está o epicentro do vírus.
O governo da China anunciou nesta terça-feira que 106 pessoas morreram devido ao novo coronavírus descoberto em Wuhan, que está se espalhando pelo país. O número total de casos confirmados na China aumentou para 4.515 em 27 de janeiro, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.
De volta ao Brasil, após viagem à Índia, o presidente Jair Bolsonaro disse a jornalistas que iria procurar o ministro da Saúde para se inteirar da situação no país.
“A OMS está dando grau máximo à possibilidade desse vírus se espalhar pelo mundo. Isso já aconteceu em outros momentos, como o H1N1, então temos que ficar preocupados”, disse Bolsonaro. “Vou agora de manhã atrás do Mandetta tomar pé do que está acontecendo no momento.”
(Atualizada às 13h43)