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Ministério da Economia autoriza retomada de parte dos financiamentos do Plano Safra

10 jun 2022, 20:35 - atualizado em 10 jun 2022, 20:35
Agricultura
O Ministério da Agricultura estimou que cerca de 15 bilhões de reais em novas operações de crédito rural, com recursos equalizados (Foto: Fabiano Bastos)

O Ministério da Economia autorizou nesta sexta-feira que as instituições financeiras retomem parcialmente as contratações de financiamentos rurais subvencionados no âmbito do Plano Safra 2021/2022, segundo comunicado do Ministério da Agricultura, o que deve ajudar produtores que se preparam para o novo ciclo.

Em nota, a pasta da agricultura lembrou que contratações de financiamentos rurais com recursos equalizáveis (juros mais baixos, subsidiados pelo Tesouro) estavam suspensas desde 7 de fevereiro.

O Ministério da Agricultura estimou que cerca de 15 bilhões de reais em novas operações de crédito rural, com recursos equalizados, devam ser contratadas até o dia 30 de junho, em momento em que a safra 2021/22 caminha para o final.

A retomada das contratações será para as linhas de financiamento do Pronaf (Agricultura Familiar), incluindo investimentos, aquisição de matrizes e reprodutores, aquisição de tratores, colheitadeiras e outros veículos.

Também foram liberadas outras linhas como ABC (agricultura de baixo carbono), Pronamp (médio produtor), Inovagro (inovações tecnológicas), Proirriga (irrigação) e Moderagro (modernização), segundo o ministério.

Nesta semana, o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, havia adiantado que uma portaria com suplementação orçamentária para a retomada dos empréstimos do Plano Safra seria publicada.

Na quinta-feira, o Ministério da Economia publicou em edição extra do Diário Oficial da União a Portaria 5.327, que abre crédito suplementar de 1,087 bilhão de reais para reforçar os pagamentos de equalização de taxas de juros do Plano Safra vigente, que encerra no dia 30 de junho deste ano.

A elevação das taxas de juros no Brasil desde o ano passado encareceu o programa. Como o governo repassa recursos para equalizar a diferença entre os juros cobrados no programa e as taxas de mercado, o montante gasto aumentou com os ajustes da Selic.

Segundo o ministério, continuam suspensas as contratações das linhas de financiamentos Moderfrota (frotas e tratores), PCA (para construção de armazéns) e Prodecoop (desenvolvimento cooperativo).

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