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Ministério da Agricultura embarga exportações de carne de frango após caso de doença de Newcastle

19 jul 2024, 10:58 - atualizado em 19 jul 2024, 15:23
frango exportações
O Governo adotou um embargo total ou parcial das vendas de produtos avícolas; exportações para China foram barradas(Foto: REUTERS/Seun Sanni)

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decidiu pelo autoembargo das exportações de carne de frango do Brasil após o registro de um caso de doença de Newcastle em um aviário comercial no Rio Grande do Sul.

Ainda nesta manhã, o Mapa publicou uma portaria declarando emergência fitossanitária no estado. A medida vale por um prazo de 90 dias, em função da detecção da infecção pelo vírus patogênico da doença de Newcastle em aves comerciais.

A declaração de emergência prevê uma vigilância epidemiológica de forma mais ágil com a aplicação dos procedimentos de erradicação do foco, estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle.

Para alguns mercados, o Governo adotou um embargo total das vendas de produtos avícolas, para outros, apenas embargo para produtos vindos do RS. No início desta tarde, o Mapa informou que suspendeu as exportações de aves do Brasil para China.

Ontem, ofício circular do Ministério da Agricultura informava que o auto de embargo para a China valeria apenas para as instalações gaúchas, mas agora a suspensão vale para todos os frigoríficos de aves do Brasil com habilitação para exportar ao país asiático. No total, são 55 abatedouros e 4 entrepostos

Sobre o autoembargo para exportações

O governo suspendeu as exportações de produtos avícolas do Brasil todo para Argentina e União Europeia. Para Argentina, não poderão ser exportadas carnes frescas de aves e derivados, ovos, carne de aves para alimentação animal, matéria-prima de aves para fins opterápicos de todo o território nacional. Para a União Europeia, o governo suspendeu exportações de carne fresca de aves, produtos à base de carne de aves e produtos não tratados derivados de sangue.

A comercialização de produtos avícolas e ovos do Rio Grande do Sul foram suspensas para 32 mercados. São eles: África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Casaquistão, Chile, China, Cuba, Egito, Filipinas, Geórgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Siri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

Outros 15 mercados não receberão carne de frango e derivados no raio onde foi detectado a doença. O raio é estabelecido pelo Brasil no certificado sanitário (CSI) com cada país. Não podem ser exportados determinados produtos avícolas do raio afetado para África do Sul, Bolívia, Canadá, Coreia do Sul, Cuba, Filipinas, Israel, Japão, Marrocos, Maurício, Namíbia, Paquistão, Reino Unido, Tajiquistão e Timor-Leste

O governo manteve a liberação para exportação de produtos avícolas termoprocessados para a Argentina, África do Sul e Chile. Em documento, o governo orientou os frigoríficos quanto aos procedimentos de inspeção ante e post mortem e quanto à rotina na avaliação dos animais.

“Deve ser reforçada a atenção na análise dos dados do boletim sanitário, principalmente quanto à mortalidade de aves a campo. Lembramos que todas as aves que forem encaminhadas ao abatedouro-frigorífico acompanhadas de guia de trânsito animal estão aptas para o abate, pois se houver suspeita de SRN (síndromes nervosas e respiratória de aves) a campo, o trânsito destas aves é interditado. Cabe à inspeção ante mortem a verificação in loco da condição sanitária das aves”, determina o ofício.

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