Economia

Minha perspectiva é que queda do PIB vai ser menor ainda, diz Guedes

09 set 2020, 10:19 - atualizado em 09 set 2020, 11:10
O ministro reiterou ainda que o governo vai desalavancar os bancos públicos e privatizar empresas (Imagem: Agência Brasil/José Cruz)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que sua perspectiva é que a queda da economia brasileira este ano será ainda menor do que a esperada, após ressaltar que a contração na faixa de 4% a 5%, que está sendo vista pelo mercado, representa metade do tombo que já chegou a ser previsto por alguns agentes.

Em evento virtual do Credit Suisse, o ministro disse que os dados mais recentes mostram a retomada da atividade, e esse movimento está vindo mais rápido até do que ele antecipava.

Oficialmente, a projeção do Ministério da Economia é de uma retração do PIB de 4,7% em 2020, mas o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, apontou na semana passada que ela será revisada em setembro após “todos os dados” indicarem que “o pior já passou”.

No boletim Focus mais recente, a expectativa para o PIB este ano foi piorada a uma queda de 5,31%, contra recuo de 5,28% estimado uma semana antes.

Nesta quarta-feira, Guedes também defendeu o pacto federativo como uma reformatação do setor público, com a existência de gatilhos para o controle dos gastos públicos.

O ministro reafirmou que duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) desse pacote –PEC emergencial e PEC do Pacto Federativo– estão sendo fundidas em uma só, para a qual previu aprovação em uma ou duas semanas.

Com a PEC, Guedes previu que nenhuma crise fiscal durará mais do que dois anos. Ele também defendeu que a indexação não protegeu a sociedade da inflação e que ela representa uma falsa promessa.

Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de cerimônia no Palácio do Planalto 19/08/2020 REUTERS/Adriano Machado
Nesta quarta-feira, Guedes também defendeu o pacto federativo como uma reformatação do setor público (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Guedes também disse haver uma relação muito boa do governo com o Congresso, ao contrário do que é dito por “fofoqueiros”.

O ministro reiterou ainda que o governo vai desalavancar os bancos públicos e privatizar “duas, três, quatro” grandes empresas.

(Atualizada às 11h10)

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