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Minha Casa, Minha Vida: Quem opera fora do programa pode ser beneficiadas?

22 jun 2023, 8:45 - atualizado em 22 jun 2023, 9:59
Minha Casa, Minha Vida terá ajustes a partir de julho e construtoras que operam fora do programa não ficarão ‘a ver navios’ (Imagem: Cyrela/Divulgação)

O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta semana novas medidas de acesso ao financiamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Entre as medidas aprovadas, estão o aumento nos limites de compra de imóveis por meio programa e redução da taxa de juros.

No entanto, as mudanças atenderão famílias de renda mais baixa e de classe média. Até porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que o MCMV construa habitações para pessoas de rendas mais altas.

As mudanças foram um pedido antigo de construtoras e incorporadoras e eram amplamente esperadas pelo mercado. Grandes bancos destacam que as construtoras de baixa renda listadas na Bolsa brasileira são as grandes vencedoras.

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Entretanto, as empresas que atendem famílias com rendas acima das faixas 1 e 2 não ‘ficarão a ver navios’ com essas mudanças.

Um dos principais ajustes está nos limites máximos para o valor de compra de imóveis por meio programa. O teto será de R$ 350 mil para os beneficiários da faixa 3, que atende famílias de renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil.

Ajustes no Minha Casa, Minha Vida vão beneficiar faixa 3

A equipe de real estate do BTG Pactual observa que as construtoras que operam fora do Minha Casa, Minha Vida também irão beneficiarão de preços mais altos.

Segundo eles, o maior teto de preço do programa habitacional deverá ajudar as empresas que estão “um degrau acima” do MCMV.

Construtoras serão favorecidas em 3 pontos com ajustes no MCMV

Os analistas explicam que a Cury (CURY3) e a Direcional (DIRR3) têm 40% de suas operações no segmento Sistema Brasileira de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Enquanto a MRV (MRVE3) tem 40% de seu estoque em SBPE. Por sua vez, a Plano&Plano (PLPL3) aumentou recentemente a “sua pegada de renda média” com uma nova marca.

Sendo assim, segundo o BTG, com o teto de preço mais alto, acredita-se que a maior parte das unidades dessas empresas será elegível ao Minha Casa, Minha Vida.

“Atualmente, a Caixa Econômica cobra taxa referencial + 9,72% ao ano de financiamento imobiliário no segmento SBPE, enquanto a faixa 3 do MCMV tem taxas de hipoteca com taxa referencial + 7,16%. O que significa que acessibilidade e pagamentos adiantados devem melhorar em uns bons 19%”, dizem.

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