Economia

Minha Casa, Minha Vida de ‘rico’: Governo quer ampliar benefício para quem tem renda de R$ 12 mil

07 nov 2023, 10:58 - atualizado em 07 nov 2023, 11:00
Lula minha casa minha vida
Minha Casa, Minha Vida: Em junho, Lula já tinha adiantado o interesse em ampliar a faixa de renda de acesso ao programa de moradias. (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro das Cidades, Jader Filho, confirmou nesta terça-feira (7) a intenção do governo de incluir famílias com renda mensal de até R$ 12 mil no programa Minha Casa, Minha Vida, ampliando o benefício para a classe média.

“Estamos conversando com a Caixa Econômica Federal, discutindo para a gente poder fazer uma faixa estendida até R$ 12 mil”, disse o ministro durante a live semanal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “Conversa com o presidente”. Jader Filho disse que a equipe está estudando a ampliação e também discutindo com a Casa Civil.

Lula chegou a dizer que a equipe quer criar uma “Faixa 4” entre os beneficiários do programa de moradia, para aqueles que buscam imóveis com três quartos ou mais.

Em junho, o presidente já tinha adiantado em sua live o interesse em ampliar o Minha Casa, Minha Vida.

“Precisamos não apenas fazer o Minha Casa, Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa, Minha Vida para a classe média”, disse Lula na época. “O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 8 mil. Esse cara também quer ter uma casa. E esse cara quer ter uma casa melhor”, completou.

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Quem pode participar do Minha Casa Minha Vida? 

Atualmente, o programa tem como objetivo facilitar o financiamento de habitações para famílias que moram em áreas urbanas, com renda mensal bruta de até R$ 8 mil, e famílias em áreas rurais, com renda bruta anual de até R$ 96 mil.

Originalmente criado no segundo mandato do governo Lula, em 2009, o programa Minha Casa, Minha Vida foi extinto durante a gestão de Jair Bolsonaro, em 2020. No entanto, uma nova iniciativa chamada Casa Verde e Amarela foi lançada, trazendo modificações em vários critérios.

Em fevereiro deste ano, o governo Lula retomou o programa por meio de uma medida provisória. A nova versão enfatiza a população de baixa renda, reservando 50% das unidades do programa para famílias com renda de até R$ 2.640. Essa faixa de renda havia sido eliminada na versão do governo Bolsonaro.

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