Minerva Foods (BEEF3): Ter a ação pode custar caro demais e analistas ficam em cima do muro
As ações da Minerva Foods (BEEF3) caem mais de 3% nesta quarta-feira (18) e a ponta do iceberg pode esconder um cenário ainda desafiador para o frigorífico, após resultados do primeiro trimestre (1T22) dividirem opiniões de analistas.
Por volta das 15h, as ações ordinárias da Minerva caíam 3,67%, negociadas a R$ 12,09 cada. No mesmo instante, o Ibovespa (IBOV) perdia 2,05% 106.560,19 pontos.
O Bank of America joga no time dos que veem a ação da Minerva com cautela. O banco mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 14,60 nos próximos 12 meses.
Analistas se surpreenderam com a queda de 56% no lucro líquido do frigorífico no 1T22. A Minerva lucrou R$ 114,6 milhões, enquanto o Bank of America esperava saldo de R$ 198 milhões no período.
As exportações nas plantas da companhia brasileira em outros países pesaram no balanço, com menor demanda da Rússia nas fábricas na Colômbia (-39%) e Paraguai (-28%) no 1T22.
O Goldman Sachs também está com um pé atrás com a Minerva e não larga a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 12,60 nos próximos 12 meses.
O banco norte americano está preocupado com o cenário macro global desafiador que pode fazer com que os consumidores diminuam o consumo de proteínas animal.
Na contramão
Por outro lado há quem aposta no longo prazo da Minerva. Caso do BTG Pactual, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 20, implicando potencial de valorização de 60% em 12 meses.
“Esperamos que Minerva tenha Ebitda de R$ 2,7 bilhões em 2022. O papel ainda pode ganhar mais tração com a reversão do ciclo de gado no Brasil indo para o lado positivo das margens no final do ano”, comentam os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin, que assinam relatório enviado a clientes.
O Safra e o Itaú BBA também engodam a visão otimista sobre a Minerva. Ambas instituições recomendam comprar as ações e estimam preços-alvos de R$ 17 e R$ 16, respectivamente.
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