Minerva Foods (BEEF3) faz bom negócio no Uruguai? Analistas avaliam potencial da ação
As ações da Minerva Foods (BEEF3) devolveram os ganhos da abertura do Ibovespa e passam a cair mais de 2% nesta terça-feira (31), com investidores realizando lucros neste último pregão de janeiro. Os analistas consideram positiva a aquisição do frigorífico no Uruguai.
O frigorífico brasileiro anunciou a compra do BPU Meat no país vizinho por US$ 40 milhões, um valor não muito relevante na avaliação da Ativa Investimentos.
Ainda assim, a operação saiu barata para a Minerva, levando em conta o custo benefício da aquisição.
“O valor da aquisição representa um EV (Valor de Firma) sobre Ebitda implícito de quatro vezes, barata quando comparado com as ações de BEEF3 que negociam a cinco vezes e, segundo a empresa, adicionando as sinergias, o múltiplo poderia baixar para 2,5 vezes”, comenta a corretora em relatório enviado a clientes.
Do ponto vista estratégico, a companhia brasileira tem muito a ganhar em terras uruguaias. O país ostenta mais habilitações para exportação do que qualquer país na América do Sul e, com essa aquisição, a Minerva eleva em 40% sua capacidade no país vizinho.
Minerva Foods com mais capacidade
A XP Investimentos também reitera sua recomendação de compra para a Minerva Foods, com preço-alvo de R$ 19,10 ao final de 2023. Considerando a cotação atual, o papel pode saltar 38% no ano.
O principal ponto que agrada analistas da corretora se deve ao ganho de capacidade de produção em carne bovina voltada à exportação.
“A oferta de carne deve aumentar em 2023 após uma ainda tímida virada do ciclo do gado; e isso aumentará o volume de exportação da Minerva para os EUA e Ásia em um momento interessante”, afirmam os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, em relatório a clientes.
Por volta das 11h20 (horário de Brasília), as ações ordinárias da Minerva recuavam 2,6% aos R$ 13,85 cada. No acumulado do ano, o papel soma valorização de 9,06%.