Minerva Foods (BEEF3) bate alvo no curto prazo e tem ajuste técnico; ação ainda pode subir 25% em 2023
As ações da Minerva Foods (BEEF3) operam em queda ao redor de 3% nesta segunda-feira (23), mesmo após o frigorífico ter anunciado que mais uma de suas unidades foi habilitada a exportar carne bovina para a Indonésia.
Embora o movimento baixista possa assustar muitos investidores, o analista de ações Beto Assad, colunista aqui no Money Times, considera que a ação da Minerva apenas enfrenta um ajuste técnico.
“O papel subiu bem [valorização de 19% só em 2023] e chegou em uma zona de resistência importante, e pode ter bastante investidor realizando lucro”, explica.
Por volta das 13h45 (horário de Brasília), as ações ordinárias da Minerva afundavam 2,9% aos R$ 15,06 cada. Na abertura do dia, os papéis chegaram a valer R$ 15,51.
“Essa região de preço em R$ 15,40 era um dos meus principais alvos no curto prazo em Minerva”, revela Assad.
Enquanto o cenário de curto prazo encontra-se mais volátil, o frigorífico ainda encontra bons motivos para compra ao longo do ano, levando em conta a análise fundamentalista. Confira abaixo.
Minerva Foods em 2023
A XP Investimentos recomenda a compra das ações da Minerva, sendo o frigorífico mais competitivo para investimento em 2023. A corretora estima preço-alvo de R$ 19,10 — implicando no potencial de valorização de 25% até o fim do ano.
Os analistas Leonardo Alencar e Pedro, responsáveis pela recomendação, destacam que o frigorífico tem uma plataforma diversificada que o permite arbitrar o mercado de exportação por meio de embarques da planta ou país com maior lucratividade de acordo com o momento.
No caso da Indonésia, a empresa brasileira passa a somar seis unidades de abate habilitadas para exportar para o país. Só em 2022, o Brasil exportou 20,5 mil toneladas de carne bovina para a nação asiática, , um crescimento de 23,5% em relação ao ano anterior.
“Como a Minerva atua principalmente na América do Sul, a empresa possui o menor custo de produção entre os frigoríficos brasileiros listados na B3, o que confere maior competitividade aos acionistas”, destacam os analistas da XP.