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Minerva (BEEF3): 2T24 deve ser sólido, mas ofuscado por acordo com Marfrig (MRFG3), aponta XP

01 ago 2024, 16:16 - atualizado em 01 ago 2024, 16:16
minerva marfrig
Os resultados do segundo trimestre da Minerva devem refletir volumes sólidos em toda a linha devido à forte demanda doméstica e de exportação (Foto: Minerva Foods)

A Minerva (BEEF3) deve apresentar resultados sólidos no segundo trimestre de 2024 (2T24), ainda que ofuscados pela pela incerteza em relação ao momento e às condições de aprovação do deal com Marfrig (MRFG3), que poderá ocorrer em meados do terceiro trimestre ou apenas no quarto trimestre, segundo a XP Investimentos. O frigorífico divulga seus números em 7 de agosto.

No fim de agosto de 2023, Minerva e Marfrig acertaram contrato de R$ 7,5 bilhões envolvendo a alienação de 16 plantas e um centro de distribuição.

Independente da aprovação do acordo, os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak acreditam que os resultados do segundo trimestre refletirão volumes sólidos em toda a linha devido à forte demanda doméstica e de exportação, juntamente com uma taxa de câmbio melhorada, embora não totalmente impactada devido à posição de hedge.

“Em suma, estimamos uma melhora de 2% trimestre a trimestre no lucro líquido, para R$7,3 bilhões, e um aumento no Ebitda ajustado para R$715 milhões (+14% trimestral e +1% anual, representando uma expansão de margem de aproximadamente 100bps trimestral. Apesar de sustentar as margens do ciclo superior, e com o 2S24 provavelmente melhor, o momentum positivo vindo do setor está perdendo força”, indicam.

BEEF3: consumo sólido no Brasil e sem novidades no internacional

No Brasil, os analistas esperam números fortes, impulsionados pela forte demanda doméstica e de exportação, enquanto a região está a beneficiar da melhoria da demanda proveniente dos EUA.

Eles projetam volumes ligeiramente acima do tri passado e +26% na comparação anual. Além dos preços ainda pressionados, projetamos uma receita bruta estável em R$ 3,8 bilhões. Quanto ao segmento internacional, os analistas não projetam grandes novidades.



“Embora a nova qualificação do Paraguai nos EUA ainda não tenha dado frutos, esperamos que a região melhore sequencialmente devido à sazonalidade, para a qual projetamos uma receita bruta de R$ 1,0 bilhão (+28% trimestre a trimestre e +3% anualmente). Na Argentina, projetamos uma receita bruta de R$ 993 milhões (-5% ano a ano), uma queda em relação ao ano anterior como resultado de preços e volumes mais baixos refletindo a turbulência do ambiente macro do país”, apontam.

Com um bom momento no ciclo do gado, Uruguai devem ver um incremento de 7% e 1% no comparativo trimestral para receita bruta, respectivamente.

 

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