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Minerva (BEEF3) no 2T24: O que analistas esperam do balanço divulgado nesta quarta (7)?

07 ago 2024, 12:15 - atualizado em 07 ago 2024, 12:15
minerva beef3
Incerteza quanto ao acordo com a Marfrig segue como o foco das atenções dos investidores de BEEF3, vê XP e BTG(Imagem: Divulgação/Minerva Foods)

Minerva (BEEF3) divulga nesta quarta-feira (7), após o fechamento do mercado, seus números referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24).

O BTG Pactual espera as receitas crescendo 5% no comparativo anual (a/a), impulsionadas por volumes maiores e preços médios menores.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deverá atingir R$ 755 milhões (+6% a/a) com uma margem de 9,9% (estável a/a; +110bps no comparativo trimestral), beneficiando-se do ciclo positivo e boas margens de exportação para os EUA.

“Os investidores estão focados principalmente na conclusão da aquisição dos ativos da Marfrig e acreditamos que os resultados pouco contribuirão para mudar isso. Os catalisadores de curto prazo parecem, portanto, limitados. O risco-retorno justifica a nossa recomendação neutra (R$ 8)”, discorrem os analistas Thiago Duarte, Bruno Lima e Guilherme Guttila.

A XP Investimentos também espera números sólidos, ainda que ofuscados pela incerteza em relação ao momento e às condições de aprovação do deal com Marfrig (MRFG3), que poderá ocorrer em meados do terceiro trimestre ou apenas no quarto trimestre.

“Em suma, estimamos uma melhora de 2% trimestre a trimestre no lucro líquido, para R$ 7,3 bilhões, e um aumento no Ebitda ajustado para R$ 715 milhões (+14% trimestral e +1% anual, representando uma expansão de margem de aproximadamente 100bps trimestral. Apesar de sustentar as margens do ciclo superior, e com o 2S24 provavelmente melhor, o momentum positivo vindo do setor está perdendo força”, indicam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak,

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BEEF3: Bradesco BBI prevê melhora por câmbio e Goldman espera números fracos

O Bradesco BBI espera que a Minerva reporte uma receita líquida de R$ 7,5 bilhões no 2T24 (aumento de 2% ano a ano), Ebitda de R$ 741 milhões (avanço de 4% ano a no) e lucro líquido ajustado de R$ 116 milhões.

“Na operação brasileira, esperamos que os resultados reflitam a continuação de um ciclo positivo de gado combinado com preços de exportação de carne bovina um tanto resilientes e boa demanda doméstica. Também esperamos melhorias sequenciais na receita em todos os outros países, especialmente no Paraguai. Ambos os fatores devem levar a uma margem EBITDA consolidada de 9,9%, uma melhoria de 1,2 pp no trimestre (+0,2 pp em base anual)”, comentam Henrique Brustolin e José Ricardo Rosalen.



Por outro lado, o lucro líquido da empresa deve ser impactado negativamente pela marcação a mercado da dívida líquida denominada em dólares, a partir de um real mais fraco, mas ainda sem comprometer a expectativa de um cenário positivo.

Por fim, para o Goldman Sachs, o frigorífico deve reportar mais um trimestre fraco, com o ritmo de expansão de margem não atingindo as expectativas do (queda de 60 bp no 2T24 em relação ao trimestre anterior, com o Ebitda de R$ 2,991 bilhões em 2024, 6% abaixo do previsto pela Bloomberg). No primeiro trimestre, o frigorífico registrou prejuízo de R$ 186,2 milhões.