Minerva (BEEF3): Hora de fugir ou comprar? XP atualiza tese após aquisição de ativos da Marfrig (MRFG3) por R$ 7,5 bilhões
A Marfrig (MRFG3) acertou um contrato de venda com a Minerva (BEEF3) de R$ 7,5 bilhões envolvendo a alienação de 16 plantas e um centro de distribuição.
Dessa forma, a XP Investimentos atualizou sua recomendação para ação, muito em função da forte queda do papel na terça-feira após a confirmação da venda.
Na visão da corretora, faltou clareza sobre os possíveis impactos do negócio, além de haver divergências em relação ao dados financeiros divulgados nos fatos relevantes da Marfrig e da Minerva.
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Recomendação da XP para Minerva
Desde segunda-feira (28), as ações da Minerva derreteram 21,47% após a aprovação do negócio, enquanto os preços do gado no Brasil caíram 33% no acumulado do ano.
Para a XP, a percepção do mercado é incerta, não apenas considerando se as agências antitruste aprovarão ou não a aquisição das plantas, tanto aqui no Brasil como no Uruguai, mas também devido às divergências de valuation entre os fatos relevantes da Marfrig e da Minerva.
Assim, a corretora atualizou as estimativas considerando o pagamento inicial do negócio e manteve a recomendação de compra apenas pelo valuation descontado, reforçada pela dinâmica positiva do ciclo do boi, uma vez que há riscos e oportunidades para o negócio.
De acordo com a XP, a Minerva será capaz de extrair um valor estratégico das plantas da Marfrig, com destaque para:
- (i) Redução da ociosidade ao capturar o momentum positivo do ciclo do gado,
- (ii) Aumento da participação e dos preços das exportações,
- (iii) Melhora da eficiência na compra de gado devido à menor concorrência em algumas regiões,
- (iv) Liderança nas exportações do Uruguai, estratégica para seu programa de carne orgânica.
Dessa maneira, portanto, a Minerva manteve compra, mas reduziu o preço-alvo da ação para o fim de 2024 de R$ 15,50 por ação para R$ 13,10 pelo papel.
Por fim, a XP acredita que os riscos subjacentes às aquisições devem continuar a pesar negativamente nas ações, pelo menos até que os investidores tenham mais visibilidade sobre os aspectos financeiros envolvidos.