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Minerva (BEEF3): Goldman Sachs recomenda compra para ação com aprovação de acordo com Marfrig (MRFG3)

25 set 2024, 16:45 - atualizado em 25 set 2024, 17:23
minerva marfrig
Os analistas do banco enxergam uma melhora da perspectiva para o ciclo do gado no Brasil em 2025, que deve beneficiar a Minerva (Foto: Minerva Foods)

Goldman Sachs manteve sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 7,55 (potencial de alta de 13,2%) para as ações da Minerva (BEEF3) após a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para o acordo de R$ 7,5 bilhões com a Marfrig (MRFG3) ,envolvendo a alienação de 16 plantas e um centro de distribuição.

Segundo a instituição, a aprovação da aquisição de alguns ativos da Marfrig na América do Sul pela autoridade antitruste brasileira deve levar o debate dos investidores sobre a Minerva de volta aos fundamentos do mercado, já que remove a sobrecarga de juros acumulados sobre o preço de aquisição principal.

“Embora reconheçamos que o acordo no Uruguai possa trazer alguma incerteza, vemos anúncio como positivo. Observamos que a perspectiva para o ciclo do gado no Brasil em 2025 está melhorando gradativamente”

Com base nos relatórios e ajustes da Marfrig para as transações intercompanhia, o Goldman estima que os ativos que a Minerva está adquirindo da Marfrig no Brasil, Chile e Argentina estão operando com Ebitda ​​de R$ 905 milhões pré-sinergias.

Após o aval do Cade, as ações da Minerva acentuaram a queda. BEEF3 terminou a sessão desta quarta-feira (25) com queda de 1,80%, a R$ 6,55.

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Riscos negativos para BEEF3

De acordo com os analistas, essas condições implicam um preço de aquisição final de 6,3x LTM EV/Ebitda, contra os atuais 5,1x da BEEF3 e a média do setor de c.5,0x. Entre os riscos negativos, o banco ressalta:

  1. Riscos de integração do acordo pendente com a Marfrig;
  2. Dividendos futuros;
  3. Novos embargos de exportação, proibições e/ou interrupções sanitárias;
  4. Uma potencial desaceleração na demanda da China;
  5. Volatilidade cambial;
  6. Volatilidade política e macro em andamento na Argentina;
  7. Aumento da concorrência por exportações de carne bovina.