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Minerva (BEEF3) conclui captação de US$ 900 milhões para pagar Marfrig (MRFG3)

06 set 2023, 19:49 - atualizado em 06 set 2023, 19:49
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Negócio polêmico: Ações da Minerva (BEEF3) acumulam queda de 20% desde o anúncio do acordo com a Marfrig (MRFG3) no fim de agosto (Imagem: Divulgação / Minerva)

A Minerva (BEEF3) anunciou, nesta quarta-feira (6), que concluiu a captação de US$ 900 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões pela cotação de fechamento do dólar hoje), necessários para pagar a Marfrig (MRFG3) pela compra de determinados ativos, num acordo anunciado em 28 de agosto.

Em comunicado, a Minerva informou que o dinheiro foi captado por meio da emissão de bonds com vencimento em 2033 e taxa de juros de 8,875%. A emissão dos papéis foi feita pela sua subsidiária Minerva Luxembourg e conta com a garantia do frigorífico. Os bonds foram oferecidos para investidores institucionais qualificados dos Estados Unidos.

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Minerva (BEEF3): Entenda o negócio fechado com a Marfrig (MRFG3)

Marfrig e a Minerva comunicaram, no fim de agosto, que fecharam um acordo de R$ 7,5 bilhões envolvendo a venda de 16 plantas e um centro de distribuição.

O contrato contempla a venda pela Marfrig à Minerva de: 11 unidades de bovinos localizadas no Brasil, sendo três delas inativas; uma unidade de bovinos na Argentina; três unidades de bovinos no Uruguai; e uma unidade de ovinos no Chile. A transação também contempla a venda de um centro de distribuição da Marfrig no Brasil.

Segundo a Marfrig, R$ 1,5 bilhão do valor total da transação será pago na assinatura do contrato, enquanto os R$ 6 bilhões restantes serão entregues no fechamento da transação, com garantia bancária.

De acordo com a empresa frigorífica, considerando a receita dos ativos negociados, de R$ 15,6 bilhões em 2022, a transação implica um múltiplo de 0,5 vez valor da firma sobre receita.

Mercado reage mal ao acordo da Minerva

O mercado reagiu negativamente à notícia de que a Minerva desembolsará bilhões de reais por ativos do Marfrig. No dia 29 de agosto, primeiro pregão da Bolsa após o anúncio do acordo, as ações da empresa derreteram 18,26%, de R$ 10,90 para R$ 8,91.



Desde então, o papel alterna altas e baixas, terminando esta quarta-feira (6), com nova perda de 2,89% e cotado a R$ 8,73 – longe, portanto, do patamar pré-acordo com a Marfrig.

A XP, por exemplo, cortou o preç0-alvo da ação de R$ 15,50 para R$ 13,10 para 2024, embora mantenha a recomendação de compra. Para a XP, faltou clareza sobre os possíveis impactos do negócio, além de haver divergências em relação ao dados financeiros divulgados nos fatos relevantes da Marfrig e da Minerva.

Veja o comunicado da Minerva sobre a captação dos US$ 900 milhões para pagar a Marfrig.