Minerva (BEEF3): Brasil deve ser destaque no 4T23, prevê Genial; ação pode mais que dobrar de preço
Na próxima segunda-feira (25), após o fechamento do mercado, a Minerva (BEEF3) reporta seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2023 (4T23).
De acordo com a Genial Investimentos, que conta com recomendação de compra para o frigorífico e preço-alvo de R$ 14 (avanço de 100,86% em relação ao fechamento desta segunda), há 7 pontos de destaque no 4T23.
- Crescimento de receita na base anual, devido a maiores volumes;
- Brasil deve ser o principal destaque positivo, devido à alta disponibilidade de gado no país;
- Expectativa do Paraguai voltar à normalidade, passadas as adversidades climáticas;
- Provável melhora para o Uruguai, com o início da reversão de seu ciclo do gado;
- Austrália deve entregar bons números, com o ciclo de cordeiros positivo no país;
- Operações na Argentina e Colômbia serão os principais destaques negativos, dada a volatilidade macroeconômica do mercado argentino e pouco desenvolvimento do mercado colombiano;
- Otimistas com a demanda estrutural chinesa por carne bovina a longo prazo, com previsão de uma demanda menos robusta no curto prazo;
Para a Genial, a expectativa é de um trimestre parecido com o 4T22, com um top-line (linha das receitas) pautado por preços de venda estáveis aliado a um crescimento de volumes, e uma margem Ebitda apresentando uma ligeira expansão sequencial.
A maior diferença deve vir do Paraguai, que já não sofreu mais com excessivas chuvas, e deve, assim, entregar um bom crescimento de volumes sequencialmente, dada a normalização da operação no país.
Minerva (BEEF3) espera 2024 com cara de 2023
A corretora espera que 2024 seja um ano de dinâmicas parecidas com 2023, com os mesmos ventos favoráveis impulsionando as operações do Brasil e Paraguai, que deverão passar pelo pico de seus ciclos pecuários, e Austrália, que deverá seguir surfando o ciclo positivo de cordeiros.
A expectativa da Genial é que o ciclo pecuário dos EUA permaneça bastante negativo nos EUA ao longo de 2024 e 2025, com o país importando volumes cada vez maiores de carne bovina da América do Sul nos próximos exercícios, o que deve beneficiar a companhia, e em especial, suas operações no Brasil, Paraguai (recém-habilitado pelos EUA) e Uruguai.
Por fim, a corretora prevê um bom trimestre operacional, mas sem tração já que os investidores aguardam maiores detalhes sobre a aprovação do CADE para a aquisição dos ativos da Marfrig (MRFG3), principalmente ao considerar que a janela de tempo para a companhia aproveitar o bom cíclico do gado no Brasil com essas plantas de abate cada vez se estreita mais.