Minerva (BEEF3): Banco vê frigorífico desbancando JBS (JBSS3) e em forte posição para 2024; entenda
As ações da Minerva (BEEF3) estão derretendo na Bolsa nesta terça-feira (29). Por volta de 12h20, os papéis da empresa caíam expressivos 15,78%, aos R$ 9,18 por ação.
A baixa acontece após o frigorífico e a Marfrig (MRFG3) comunicarem que acertaram um contrato de R$ 7,5 bilhões envolvendo a alienação de 16 plantas e um centro de distribuição.
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O que diz o BTG
Na avaliação do BTG Pactual, a transação catapultará a Minerva para uma posição de liderança no espaço de carne bovina da América Latina, crescendo de ~20% para cerca de ~34% das exportações do alimento da região.
Em paralelo, a capacidade de processamento de gado aumentará 44%, para mais de 42 mil cabeças/dia, ainda maior que a capacidade da JBS no Brasil.
Além disso, com os Estados Unidos preparados para reduzir ainda mais a oferta de gado e carne bovina no próximo ano, e com o Brasil vendo uma forte oferta de gado, a Minerva entrará em 2024 em uma posição ainda mais forte.
Após um início de ano turbulento, a esperança do BTG é de que a Minerva retome um ciclo de margens mais favoráveis, ainda que a geração de fluxo de caixa livre fique em espera.
Segundo o banco, haverá um tempo até que a empresa incorpore os novos ativos. No entanto, a boa notícia fica para o cenário do ciclo de preços do gado e da carne bovina que favorecem a empresa.
Quanto à Marfrig, o BTG “permanece à margem”, apesar da evolução positiva do balanço. Segundo o banco, isso deve acontecer até que possamos vislumbrar um cenário de margens mais fortes no mercado de carne bovina dos Estados Unidos, o que deve acontecer apenas em 2025, no mínimo.
Dessa forma, o BTG recomenda compra para Minerva, com preço-alvo de R$ 14 e potencial de alta de 53,01%.
Já para a Marfrig, o banco tem visão neutra, com preço-alvo de R$ 10 e potencial de alta de 35,50%.