Minério de ferro sobe na China após Brasil interditar 47 barragens de mineração
Os contratos futuros de minério de ferro negociados na China saltaram até 3,5% nesta sexta-feira, depois que o governo brasileiro interditou 47 barragens de mineração que não conseguiram atestar sua estabilidade.
Pelo menos 25 barragens pertencem à produtora Vale (VALE3), que disse na quarta-feira que poderá haver impacto no seu volume de produção de finos de minério de ferro em 2020, caso não tenha sucesso em tentativa de elevar a capacidade de produção em sua mina de Brucutu ou se não obtiver até o final do segundo trimestre uma reavaliação do nível de emergência da barragem Norte/Laranjeiras.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) afirmou que a barragem Norte/Laranjeiras, da maior mina de minério de ferro da companhia em Minas Gerais (Brucutu), também não atestou estabilidade.
Os contratos de minério de ferro mais ativos, para a entrega em maio na Bolsa de Mercadorias de Dalian, fecharam em alta de 2%, a 647 iuanes (91,32 dólares) por tonelada, depois de subirem para 657 iuanes no início dos negócios.
Os futuros de aço na Bolsa de Futuros de Xangai também subiram após uma queda nos estoques de produtos siderúrgicos, à medida que a atividade econômica se recuperava após ser atingida pelo surto de coronavírus.
Os produtos siderúrgicos semanais detidos pelos comerciantes na China caíram 830.000 toneladas para 23,5 milhões de toneladas até quinta-feira, mostraram dados compilados pela consultoria Mysteel.
O vergalhão da construção subiu 1,1%, a 3.358 iuanes por tonelada na sexta-feira. Na semana, caiu 2,9%.
O mercado futuro na China será fechado na segunda-feira por feriado e será retomado em 7 de abril.