Minério de ferro se recupera com queda dos estoques de aço da China
Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta sexta-feira, com a queda dos estoques de aço na China estimulando as esperanças de que a demanda seja impulsionada pela necessidade de reabastecimento.
Em Cingapura, o ingrediente siderúrgico voltou a ultrapassar a marca de 100 dólares e estava a caminho de um ganho semanal, recebendo impulso adicional do corte das perspectivas de produção de minério pela mineradora brasileira Vale (VALE3) em 2022.
O minério de ferro mais negociado, para entrega em setembro, na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações em alta de 3,6%, a 681 iuanes (100,68 dólares) a tonelada.
O contrato de referência se recuperou de uma baixa de sete meses –o fechamento de quinta-feira, em 657,50 iuanes, foi o mais fraco desde 29 de dezembro.
O contrato de minério de ferro para agosto na Bolsa de Cingapura subiu 3,5%, para 101,35 dólares a tonelada.
Os estoques de vergalhão, fio-máquina, bobinas laminadas a quente, bobinas laminadas a frio e chapas grossas médias detidos pelas 184 siderúrgicas chinesas regularmente pesquisadas pela consultoria Mysteel caíram 6,8% na semana, entre 14 e 20 de julho, para uma baixa de quase seis meses de 5,7 milhões de toneladas.
Os produtos siderúrgicos em posse de traders recuaram pela quinta semana consecutiva, a 21,7 milhões de toneladas em 21 de julho, uma queda de 818.600 toneladas ou 3,6% na semana, informou a Mysteel.
O nível representa uma baixa de 5 meses e meio.
“A demanda por minério de ferro deve melhorar até certo ponto”, disseram analistas da Sinosteel Futures em nota, citando o relatório de estoque da Mysteel e as últimas previsões de produção da Vale.
Mas com as perspectivas gerais de demanda de aço na China ainda obscurecida pelos lockdowns da Covid-19 e problemas no setor imobiliário, o minério de ferro pode permanecer sob pressão no médio prazo, disseram analistas.
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