Mineração

Minério de ferro ruma US$ 100 a tonelada, utilizando crise no Brasil como degrau

29 maio 2020, 8:08 - atualizado em 29 maio 2020, 8:18
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O minério de ferro mostra ganhos em 2020, mesmo com o impacto da pandemia do coronavírus na atividade industrial de muitas economias (Imagem: Site da Fortescue)

Os contratos futuros de minério de ferro avançaram rumo a US$ 100 a tonelada em Cingapura, impulsionados por ganho mensal recorde em meio a preocupações sobre a oferta no Brasil e demanda forte e constante na China, maior produtora mundial de aço.

Os futuros mais ativos deram um salto de 22% em maio, refletindo, em parte, o cenário no Brasil, segundo maior exportador mundial.

O aumento de casos de coronavírus no país gera o receio de que a pandemia possa restringir a oferta local.

No mês passado, a Vale (VALE3) cortou o guidance anual para embarques devido às condições climáticas e impacto do vírus nas operações. Enquanto isso, os estoques portuários de minério de ferro na China continuam em queda.

O minério de ferro mostra ganhos em 2020, mesmo com o impacto da pandemia do coronavírus na atividade industrial de muitas economias.

No entanto, a Bloomberg Intelligence e outros observadores alertam que o mercado pode passar a registrar excedente no segundo semestre. Além da Vale, os preços mais altos devem aumentar os retornos da BHP, Rio Tinto e Fortescue Metals.

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O minério de ferro manterá fundamentalmente um saldo apertado neste ano, com recuperação gradual da oferta a partir do terceiro trimestre (Imagem: Unsplash/@dominik_photography)

A retomada antecipada das operações industriais na China puxou a recuperação da atividade logística, e siderúrgicas continuam aumentando a produção, escreveram analistas como Ma Kai, da China International Capital, em relatório.

“O minério de ferro manterá fundamentalmente um saldo apertado neste ano”, com recuperação gradual da oferta a partir do terceiro trimestre, disseram.

Os preços chegaram a subir 5,7%, para US$ 98,24 em Cingapura. Na Bolsa de Mercadorias de Dalian, os futuros acumulam alta de 23% em maio.

Em projeção recente, o Credit Suisse disse que o mercado está agora no “pico do aperto”, uma condição que deve persistir até julho.

A Bloomberg Intelligence espera superávit de 34 milhões de toneladas no segundo semestre devido à maior oferta e demanda estagnada, em relação a um déficit de 25 milhões de toneladas no primeiro semestre.

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